N'Sync vs. Backstreet Boys: A Guerra dos Boy Bands que Invadiu The Town com 'Bye Bye Bye'
N'Sync vs. Backstreet: A rivalidade no The Town

Quem estava no The Town no sábado, dia 2, presenciou algo que foi além de um simples show. Foi uma viagem no tempo, um soco no estômago da saudade. E o responsável foi aquele refrão inconfundível, aquele golpe de nostalgia que ecoou pelo Autódromo de Interlagos: «Bye, bye, bye».

Pois é. Enquanto os Backstreet Boys, os rivais de toda uma vida, se preparavam para seu próprio show no domingo, foi o N'Sync – sim, o N'Sync! – que invadiu o palco principal, mesmo que apenas na forma de um sample poderoso. O DJ Alok, mestre das emoções, não fez por menos. Ele cutucou a ferida dourada dos anos 2000 com uma mestria que só quem viveu aquela época para entender.

Uma Invasão Sonora (e Nostálgica)

Não foi um acidente. Foi uma declaração. No meio do set eletrizante de Alok, eis que surge a batida icônica, aquela coreografia mental que todo mundo conhece. A plateia, uma mistura de gerações, simplesmente surtou. De repente, não era mais 2023; era 2000, e a grande questão na mente de todo adolescente era simplesmente incontestável: de que lado você estava? Team Backstreet ou Team N'Sync?

E cá entre nós, essa rivalidade era o pão e a manteiga das revistas de fofoca. De um lado, os Backstreet Boys, com seus vocais harmoniosos e baladas românticas que faziam chorar. Do outro, o N'Sync, com uma pegada mais dançante, uns passos de dança mais ousados e um certo Justin Timberlake começando a mostrar do que era capaz.

O Legado que Permanece

O curioso é que, passadas mais de duas décadas, a chama ainda arde. A reação do público no The Town prova que aquela disputa nunca foi realmente resolvida – e talvez nem precise ser. «Bye Bye Bye» é muito mais que uma música; é um artefato cultural, um hino de emancipação (mesmo que cantado por um bando de garotos com roupas largas).

E pensar que tudo isso ressurgiu em São Paulo, longe dos holofotes originais da MTV. O sample de Alok foi um gesto brilhante, uma pontinha de provocação boa. Era como dizer, sem dizer: «ei, pessoal do Backstreet, lembram de nós?».

No fim, ambos os grupos ganharam. Suas músicas sobreviveram à erosão do tempo, aos gostos efêmeros da indústria. E o público? Ah, o público saiu ganhando duas vezes: com a lembrança de uma era dourada e com a certeza de que boa música, não importa a qual boy band pertença, é eterna.