
O sábado no The Town foi, sem sombra de dúvida, uma verdadeira guerra de ritmos. E olha, que guerra boa! Enquanto Ludmilla trazia a sensação internacional Victoria Monet para um R&B da mais alta sensualidade no Palco Sunset, uma galera simplesmente surtava nos palcos de funk e pagode.
Não me entendam mal – o show delas foi impecável. A química no palco? Palpável. A voz da Monet? Um sedativo em forma de melodia. Ludmilla, como sempre, uma dona do pedaço. Mas aí você olhava para os outros lados e via: o povo pulando, suando, cantando até as pedras do samba e do funk.
Era simplesmente inevitável. O coração da festa batia mais forte onde o suor escorria e o chão tremia. O palco ‘Futuro’, com seus beats eletrizantes, e a área dedicada ao pagode pareciam ter abduzido metade do público do festival.
Um espetáculo à parte que não foi o principal
Ludmilla e Monet fizeram tudo que prometeram: um repertório sexy, cheio de hits e com uma produção de arrepiar. Foi lindo de se ver. Mas parece que, no fim das contas, o público do The Town queria mesmo era suar a camisa e esquecer os problemas na batida da levada.
Não é sobre certo ou errado, é sobre vibe. E a vibe do sábado foi claramente dominada pelo que há de mais raiz e mais pé no chão na música brasileira. Quem estava lá sentiu: tinha energia concentrada demais em outros cantos.
Às vezes o plano é um, mas o público dita as regras. E sábado, ele ditou com os pés. Dançando. Muito.