Jason Derulo no The Town: Show polêmico com pouca voz e muita sensualidade divide fãs
Jason Derulo no The Town: show com pouca voz e muita sensualidade

Era pra ser uma noite memorável no The Town, mas o que Jason Derulo entregou no palco do festival deixou muitos fãs com uma sensação estranha — algo entre o deslumbramento e a decepção. O cara cantou tão pouco que até os mais fanáticos se perguntaram se não tinham caído num show de holograma.

Das 18 músicas do setlist, sabe quantas ele realmente cantou por completo? Quase nenhuma. A estratégia era clara: deixar a base rolar solta e focar no que realmente importava — as coreografias sensuais e os movimentos de quadril que fizeram a plateia gritar.

Um espetáculo visual (quase) perfeito

Visualmente, impecável. Iluminação de tirar o fôlego, pirotecnia na medida certa e uma equipe de dança que parecia saída de um filme da Hollywood. Derulo se movia com uma precisão quase robótica, cada gesto calculado, cada sorriso cronometrado.

Mas é aí que mora o problema: tanta perfeição soou artificial. Como se estivéssemos diante de uma inteligência artificial programada para entreter, não de um artista se conectando com seu público.

As participações que salvaram a noite

Quando Ludmilla apareceu para "Samba", a energia mudou completamente. Finalmente algo genuíno! A química entre os dois foi palpável, autêntica, humana. O mesmo aconteceu com a entrada de IZA para "Swalla" — um momento de pura magia que mostrou o que o show poderia ter sido.

Curioso como as artistas brasileiras trouxeram a alma que faltava à apresentação, não?

O elefante na sala: afinal, ele cantou ou não?

Ah, essa é a pergunta que não quer calar. Teve playback? Teve ajuda vocal? Teve tudo um pouco. Nos momentos em que realmente tentou cantar ao vivo, a voz falhou — agudos desafinados, fôlego curto, notas que simplesmente não saíram como planejado.

Mas vamos ser justos: quando focou no que faz melhor — dançar e entreter —, Derulo foi brilhante. "Talk Dirty", "Wiggle" e "Take You Dancing" foram momentos de pura energia, com a plateia cantando cada palavra no seu lugar.

No final das contas, o show do Jason Derulo no The Town foi como aquela comida bonita do Instagram: linda de se ver, mas que deixa um gosto meio artificial na boca. Um espetáculo que entreteve, sim, mas que provavelmente não será lembrado como um dos grandes momentos do festival.

E você, o que achou? Show genial ou performance previsível demais para um artista do calibre dele?