Backstreet Boys invade The Town: Fãs transformam fila em karaokê emocionante em SP
Fãs cantam Backstreet Boys na fila do The Town

Quem pensou que a magia do The Town 2025 começaria apenas nos palcos principais se enganou redondamente. Logo cedo, ainda na fila de entrada, algo extraordinário aconteceu: uma verdadeira homenagem espontânea aos Backstreet Boys tomou conta do público.

Não era planejado, não estava no script — mas essas coisas raramente estão, não é? De repente, como se alguém tivesse dado um play coletivo na memória afetiva de todos, os primeiros acordes de "I Want It That Way" começaram a ecoar. E não parou mais.

O vídeo que circulou nas redes — e viralizou feito rastilho de pólvora — mostra dezenas de fãs, absolutamente comprometidos com a nostalgia, cantando em uníssono. E não era qualquer canto: era com aquela convicção de quem sabe cada respiro, cada pausa dramática, cada harmonização perfeita.

Mais que uma fila, uma experiência coletiva

O que me impressiona, particularmente, é como essas canções dos anos 90 e início dos 2000 ainda ressoam com tanta força. Parece que foi ontem que a gente decorava as letras — e aparentemente, não esquecemos.

E não foi só "I Want It That Way". O repertório improvisado incluiu pérolas como:

  • "Everybody (Backstreet's Back)" — óbvio, né? Impossível não cantar;
  • "As Long As You Love Me" — com direito a suspiros dramáticos;
  • "Show Me the Meaning of Being Lonely" — porque todo mundo precisa de um momento emocional.

E sabe o que é mais bonito? A diversidade da galera. Tinha gente que provavelmente nem era nascida quando essas músicas foram lançadas, cantando ao lado de quem viveu a era de ouro das boy bands. A música realmente não tem idade.

O poder da nostalgia em tempos digitais

Num mundo onde tudo é tão fragmentado — attention span de mosquito, algoritmos nos separando —, ver uma cena dessas é... revigorante. Não havia divisões, apenas pessoas compartilhando algo genuíno.

E olha, não foi a primeira vez que algo assim aconteceu em festivais, mas a intensidade dessa manifestação em particular chamou atenção. Talvez porque os Backstreet Boys representem uma época mais simples, onde a gente só queria saber de decorar coreografias e trocar figurinhas no álbum do grupo.

O festival The Town, que já se estabeleceu como um dos principais do país, mostrou mais uma vez que sua magia vai além dos line-ups impressionantes. Está na capacidade de criar esses momentos inesperados, essas pequenas comunidades efêmeras que se formam espontaneamente.

Enquanto aguardavam para entrar, aqueles fãs não estavam apenas esperando — estavam vivendo o festival. E criando uma memória que, tenho certeza, vai ficar guardada por muito tempo na cabeça de cada um que estava lá.

Quem dera todas as filas da vida fossem assim, não é? Cheias de música, de conexão humana e — por que não? — de um pouquinho de drama boy band.