
Birmingham nunca mais será a mesma depois desta. A cidade que viu nascer o mito do heavy metal está prestes a se despedir do seu filho mais rebelde de uma maneira que só ele merece: com muito rock, emoção e, claro, uma pitada de caos.
As ruas do centro — aquelas mesmas onde um jovem John Michael Osbourne começou a sonhar com os palcos — vão se transformar num verdadeiro altar ao rock no próximo sábado. Não espere discursos formais ou silêncio sepulcral. Aqui, o som dos alto-falantes vai competir com o choro e os gritos de "We love you, Ozzy!" vindos da multidão.
O plano (ou falta dele)
Segundo fontes próximas à família, tudo foi organizado "do jeito dele": sem muitos protocolos, mas com o coração transbordando. A prefeitura — que normalmente não aprova barulho após as 22h — fez vista grossa quando os fãs sugeriram tocar "Crazy Train" em loop durante o cortejo.
E não para por aí:
- Uma réplica gigante do famoso morcego (sim, aquele) será carregada por fãs vestidos como personagens dos álbuns
- Lojas locais prometem descontos para quem for de preto — "50% de desconto em whisky para chorar a perda", diz uma placa já viral
- Até os semáforos da Broad Street piscarão em vermelho e preto durante 24 horas
Não é todo dia que uma cidade inteira vira fã-clube, não é mesmo?
"Ele nunca foi um santo, e não queremos que seja agora"
A frase de Sharon Osbourne durante a coletiva de imprensa resumiu tudo. Em vez de flores, pediram que os fãs levem garrafas vazias (para bater no ritmo), cópias antigas de LPs riscados e — quem tiver coragem — tinta preta para deixar marcas de mãos nos muros da cidade.
"Birmingham sempre foi o palco não oficial da vida do Ozzy", contou o prefeito, tentando disfarçar o orgulho na voz. "Agora é nossa vez de devolver esse amor, mesmo que a gente tenha que repintar meio centro depois."
Enquanto isso, nos bares do bairro de Aston, os drinks especiais já começaram a aparecer. O "Paranoid" (vodka, energético e... bem, melhor não perguntar) está fazendo sucesso, assim como o "No More Tears" — servido, é claro, com cebola roxa.
Restam dúvidas se o caos será controlado ou se Birmingham viverá seu próprio Woodstock às avessas. Mas uma coisa é certa: Ozzy finalmente conseguiu. Vai deixar todo mundo falando dele por mais uma última — e barulhenta — vez.