
Quem diria que uma rádio centenária ainda teria tantas cartas na manga? A Sociedade FM, aquela que já fez história no dial baiano, decidiu que não basta só contar as notícias — tem que sentir o que o ouvinte precisa. E foi assim, quase sem aviso, que botaram o pé no acelerador da inovação.
Na última semana, a equipe trocou equipamentos antigos por tecnologia de ponta — coisa que até as grandes redes ficariam com inveja. "É como trocar um fusca por uma nave espacial", brincou o técnico Carlos, enquanto ajustava os novos consoles digitais que, diga-se de passagem, parecem saídos de um filme de ficção científica.
Jornalismo que chega antes do café
Mas não foi só no hardware que mexeram. O departamento de jornalismo ganhou reforço de peso: três novos repórteres de rua e um sistema de apuração que promete entregar as notícias quentinhas. "Agora quando o prefeito espirra, a gente já sabe qual remédio ele vai tomar", ri a editora-chefe, mostrando os monitores que exibem informações em tempo real.
- Estúdios com isolamento acústico de última geração
- Transmissão digital com qualidade de estúdio
- Novos quadros jornalísticos a cada hora
E o mais curioso? Tudo isso pensando no ouvinte da Bahia — aquele que acorda com o cheiro de acarajé e dorme ao som do mar. "A gente cansou de rádio que fala para as pessoas. Queremos falar com elas", explica o diretor artístico, enquanto mostra o novo estúdio de entrevistas, todo envidraçado, pra quem passa na rua ver o trabalho rolando.
O segredo está nos detalhes
Pequenas mudanças que fazem toda diferença: os microfones agora captam até o suspiro do repórter — o que, convenhamos, pode ser bom ou ruim dependendo do dia que ele teve. E os programas matinais? Ganharam um toque especial com vinhetas produzidas por artistas locais, porque cultura baiana não se improvisa, se vive.
Ah, e pra quem achou que ia ficar só no digital: semana que vem começam as transmissões especiais do Pelourinho, direto do coração histórico de Salvador. Porque modernidade sem raiz é como carnaval sem trio elétrico — até diverte, mas não emociona.