
Ah, o doce de abóbora... quem resiste? Não é à toa que essa iguaria ocupa um lugar especial no coração (e no paladar) dos brasileiros. E se tem uma coisa que eu aprendi depois de tantos anos na cozinha — além de que panela de pressão é traiçoeira — é que os melhores sabores vêm das receitas mais simples, daquelas que a gente herda e adapta com um toque pessoal.
Pensando nisso, resolvi compartilhar uma versão que é, sem modéstia, uma verdadeira tentação. Creemos, na medida certa, e com aquele sabor que remete à infância na casa da avó. Você vai precisar de:
- 1 kg de abóbora madura (aquelas que já estão pedindo para virar doce)
- 500 g de açúcar — pode ser o refinado mesmo, mas o demerara dá um charme a mais
- 5 cravos-da-índia (eles fazem toda a diferença, acredite)
- 1 pedaço de canela em pau — uns 3 cm já resolvem
- 1 pitada generosa de sal (sim, sal! Ele realça o dulçor, não subestime)
- E claro, água. Mas aqui a gente não exagera.
O passo a passo? Mais fácil que acertar o ponto do brigadeiro. Primeiro, descasque a abóbora e corte em cubinhos — nem muito grandes, nem muito pequenos, naquele tamanho que cozinha sem virar papa. Reserve.
Numa panela de fundo grosso — porque panela fina queima tudo, é lei — coloque o açúcar e leve ao fogo baixo. Deixe derreter até ficar com aquele tom dourado, quase caramelo. Cuidado para não deixar escurecer demais, senão o amargor estraga a festa.
Jogue os cubos de abóbora na panela, junto com os cravos, a canela e o sal. Mexa delicadamente, envolvendo tudo aquele caramelo. Adicione água até cobrir levemente a abóbora — não mais que isso, senão vira sopa.
Cozinhe em fogo médio, com a panela semi-tampada, até a abóbora ficar macia. E aqui vai um segredo: não mexa muito! Deixe que o doce faça seu próprio ritmo. Quando estiver no ponto — a abóbora desmanchando mas ainda com alguns pedacinhos inteiros — retire a canela e os cravos.
Quer deixar com uma textura mais lisinha? Amasse levemente com um garfo. Prefere mais rústico? Deixe como está. O importante é o sabor, e esse não falha.
Dicas que fazem a diferença
Conservação? Fica ótimo na geladeira por até uma semana, mas duvido que dure tanto. Também pode ser congelado — por até três meses — sem perder a graça. E variações? Ah, a criatividade é o limite. Uns gostam com raspas de limão, outros com uma pitada de gengibre ralado. Fica a seu critério.
E aí, animou? Essa receita é daquelas que não tem erro — e que com certeza vai marcar presença nas mesas de café da tarde, almoços de domingo ou mesmo naquela hora que a vontade de um docinho caseiro aperta. Experimente e depois me conta: não é à toa que algumas tradições nunca saem de moda.