
Ah, a Toscana! Terra de ciprestes elegantes, colinas douradas e, claro, vinhos que fazem até os mais exigentes suspirarem. Mas entre tantas opções, dois nomes se destacam — e confundem: Chianti e Chianti Classico. Parecem iguais, mas a diferença é como comparar um fusca com um Ferrari: ambos são carros, mas só um tem aquele je ne sais quoi.
O ABC da Denominação
Primeiro, o básico: ambos são tintos da região da Toscana, feitos principalmente com uva Sangiovese (aquela que deixa o vinho com um tanino elegante e um toque de cereja ácida). Mas o Classico? Esse é o original, o vinho das vinhas históricas entre Florença e Siena — onde tudo começou no século XIII. O comum? Pode vir de áreas mais amplas, incluindo zonas vizinhas.
Regras, Regras e Mais Regras
- Chianti Classico: Pelo menos 80% Sangiovese, envelhecimento mínimo de 12 meses (e 3 meses engarrafado). O selo? Um galo negro — símbolo da lenda medieval que definiu os limites da região.
- Chianti: Pode ter até 100% Sangiovese, mas aceita blends com outras uvas (como Merlot). Envelhecimento mínimo? Só 4 meses. Menos rigoroso, mas ainda assim delicioso.
E aqui vai um segredo: alguns Chianti comuns são ótimos custo-benefício — mas se quiser a experiência autêntica, o Classico é imbatível. É como escolher entre uma pizza de freezer e uma assada em forno a lenha em Nápoles.
No Copo: O Que Esperar?
Experimente lado a lado. O Classico tende a ser mais estruturado, com taninos firmes e notas de tabaco e couro (perfeito para um bife florentino). Já o Chianti comum pode ser mais frutado e acessível — ótimo para um happy hour sem cerimônias.
Dica de sommelier: Se a garrafa tem aquele galo negro no rótulo, você está diante de um clássico. Sem galo? Provavelmente é o "irmão mais novo".