
Quem disse que a comida é só sobre sabor? Para Maria Silva, uma sergipana de mão cheia, cada garfada carrega histórias, memórias e — pasme — até declarações de amor. A prova? Seu 'Acarajé do Amor', uma releitura ousada do clássico baiano que está dando o que falar.
"A gastronomia é como poesia comestível", solta ela, enquanto ajusta o turbante colorido. "Quando criamos com o coração, o paladar percebe." E não é que percebe mesmo? Seu quitute — recheado com camarão sustentável e um toque secreto de especiarias — já virou febre nas feiras de Aracaju.
Do tabuleiro para os holofotes
O que começou como uma homenagem à avó ("Dona Zefa me ensinou que tempero sem afeto é só sal") transformou-se num movimento. Clientes relatam experiências quase cinestésicas: "É como abraço de vó com gosto de mar", define um fã.
- Diferencial: Massa fermentada por 48h + pimenta-rosa da Bahia
- Segredo: "Coloco música de capoeira durante o preparo — acredito que a energia se transfere"
- Polêmica: Puristas baianos torcem o nariz, mas ela rebate: "Tradição também evolui"
Numa cena hilária, Maria descreve quando um crítico gastronômico chiliqueou ao experimentar: "Ele ficou mudo por três minutos. Depois chorou e pediu a receita — óbvio que neguei!".
Além do prato
O projeto virou caso de economia criativa: cada venda ajuda a financiar aulas de culinária para jovens da periferia. "Quero que entendam: nossa cultura alimentar vale ouro."
E o futuro? "Tô bolando um caruru tecnológico com impressão 3D de azeite de dendê", confessa, rindo. "Brincadeira... ou não?"