
Quem passa pelo Mineirão neste fim de semana encontra um pedaço da Minas Gerais em forma de arraial — e olha que não é exagero. A tradição gastronômica do estado ganha vida em barraquinhas que parecem ter saído diretamente do interior, com cheiros e sabores que fazem qualquer um suspirar de saudade (ou de fome).
Destaque absoluto? O pastel de angu, uma invenção mineira que desafia as leis da crocância. A massa, feita com fubá, envolve recheios que vão do clássico frango com quiabo até combinações surpreendentes — experimente o de costela desfiada e me conte depois.
Não é festa sem...
Os croquetes de milho verde — sim, aqueles que desmancham na boca — estão fazendo sucesso entre os visitantes. E se você acha que já viu tudo em matéria de bolinho, espere até provar os de costela, dourados por fora e absurdamente macios por dentro.
Ah, e tem mais: pamonha doce e salgada feita na hora, canjiquinha com costelinha (pra quem gosta de uma mistura que é quase um abraço de panela) e até quirera com torresmo. Tudo isso regado a muito caldo de cana e, claro, o indispensável café coado no pano.
Preços que não assustam
Num tempo em que comer na rua virou luxo, o arraial do Mineirão chega como alívio: a maioria dos itens custa entre R$ 8 e R$ 15. Dá pra montar um prato generoso sem deixar o cartão chorando — coisa rara nos eventos gastronômicos da capital.
"A gente quis trazer o espírito das festas de interior, onde comida boa não precisa custar os olhos da cara", explica um dos organizadores, enquanto vira uma caneca de quentão. E parece que a estratégia funcionou: as filas nas barracas mais concorridas não mentem.
Vai até domingo, mas meu conselho? Não deixe pra última hora. Alguns quitutes estão acabando antes do fechamento — sinal claro de que acertaram na mão. E se encontrar a barraca dos bolinhos de queijo com goiabada, me avise. Tô precisando de uma desculpa pra voltar.