
Quem disse que Alvarinho só combina com Portugal? No dia dedicado a essa uva tão especial — 2 de agosto —, que tal dar uma chance a um branco uruguaio que está fazendo barulho (do bom) entre os amantes de vinho?
Pois é. Aquele estereótipo de que o Uruguai só produz Tannat cai por terra quando você prova um Alvarinho cultivado nos vinhedos de Canelones, região que tem um terroir surpreendentemente parecido com o do noroeste da Península Ibérica. E olha que não é só coincidência geográfica: os produtores locais estão investindo em técnicas de vinificação que preservam a acidez vibrante e os aromas florais típicos da uva.
Por que esse Alvarinho uruguaio é diferente?
Imagine abrir uma garrafa e sentir aquele cheiro de pêssego maduro, seguido de um toque de… erva-doce? Sim, a versão uruguaia traz uma complexidade inesperada, com nuances que lembram frutas tropicais e um final mineral — coisa de terroir, meu amigo.
- Teor alcoólico mais baixo (em torno de 12,5%), perfeito para quem não curte vinhos pesados
- Menos dulçor que os portugueses, mas com uma textura sedosa que derrete na boca
- Preço acessível — sai por volta de R$ 120, um achado para um vinho com essa personalidade
Harmonização? Anota aí:
Esquece o óbvio (frutos do mar) e vai de:
— Ceviche de abacaxi com pimenta rosa (a acidez do vinho corta a doçura)
— Queijos de cabra temperados com alecrim (combinação divina)
— Até um frango assado com limão siciliano, se quiser ousar
Ah, e se você é daqueles que torce o nariz para vinhos brancos “sem graça”, prepare-se: esse aqui tem caráter suficiente para converter até os mais céticos. Duvida? Prove e me diga depois.