Era só o que faltava! O acarajé, aquele bolinho de dendê que é quase um símbolo da Bahia, virou motivo de treta. E não foi por causa do preço ou da qualidade — a briga é por respeito à tradição.
Rita Santos, presidente da Associação das Baianas de Acarajé, tá com os cabelos em pé. E não é só por causa do turbante. O motivo? Um tal de "Acarajé do Amor", um quadro de reality show que usou a iguaria sagrada como tema de paquera.
"Isso é falta de respeito"
"A gente passa anos aprendendo a fazer direito, seguindo as tradições, e vem um programa desses tratar como brincadeira", dispara Rita, enquanto arruma as contas do seu tabuleiro no Pelourinho. Segundo ela, tem coisa que não se mexe — e acarajé é uma delas.
Pra quem não sabe, o bolinho não é só comida. Tem história, tem significado religioso, tem todo um ritual por trás. "Minha avó me ensinou que tem hora certa pra fazer, jeito certo de servir", conta Dona Maria, 72 anos, baiana de carteirinha.
E o público? Dividido
Enquanto isso, nas redes sociais, a galera se degladia:
- "Tá de brincadeira? Agora não pode nem usar comida em programa?" — @paulorock
- "Isso é apropriação cultural descarada!" — @mariacultura
- "Sou baiano e tô rindo dessa polêmica besta" — @ogordobem
O programa, que já tinha dado o que falar antes, agora tá no centro de mais uma tempestade. Será que vão pedir desculpas? Mudar o nome do quadro? Ou será que, no final, tudo não passa de... fumaça de dendê?
Uma coisa é certa: na Bahia, quando o assunto é acarajé, o papo esquenta mais que o óleo da frigideira. E dessa vez não foi diferente.
