
Não foi um simples último dia de festival. Foi uma conclusão em alto estilo, uma celebração que ecoou pelos cantos de São Paulo e deixou marcas — nas retinas, nos tímpanos e na memória de quem estava lá. A energia, meu Deus, a energia era algo quase tangível.
Joelma, a rainha indiscutível daquilo que se convencionou chamar de "pop farofa", não veio para brincar. Ela chegou, viu e — claro — venceu. O palco era dela, e cada acorde, cada coreografia, cada nota era uma afirmação de seu reinado. Quem duvidava saiu convertido. A plateia, um mar de gente, reagiu como se não houvesse amanhã. E, de certa forma, naquele instante, não havia mesmo.
Katy Perry: Não Era Só um Show, Era uma Experiência
E então veio Katy Perry. Como descrever? Foi algo além. Muito além de uma cantora performando seus sucessos. Foi um espetáculo visualmente desconcertante, uma fusão de tecnologia de ponta, acrobacias que desafiavam a lógica e uma produção que beirava o cinema.
Parecia que tínhamos sido teletransportados para o futuro. Figurinos que brilhavam com luz própria, hologramas, projeções que contorciam a realidade do palco. Ela flutuava, dançava, interagia com elementos visuais que só existiam na tela — e na nossa imaginação. Foi futurista no sentido mais puro da palavra: uma visão audaciosa do que um show ao vivo pode se tornar.
O Público: O Verdadeiro Protagonista
E no meio de tudo isso, a verdadeira magia: as pessoas. Milhares de rostos, cada um com sua história, sua jornada até ali, unidos pela mesma batida. Aquele sentimento coletivo de pertencimento, de alegria pura e simples — isso, talvez, seja a coisa mais difícil de se recriar ou falsificar. Foi genuíno.
O The Town 2025, em sua edição final, não entregou apenas música. Entregou sensação. Deixou aquele gostinho de "quero mais" misturado com a felicidade cansada de quem deu tudo de si.
E no fim das contas, é pra isso que servem os grandes festivais, não é? Para criar pedacinhos de lenda. E esse último dia, com certeza, virou um.