
Parecia a combinação perfeita: nove dias de música, um lineup de tirar o fôlego e a cidade que nunca dorme como palco. Mas entre o sonho e a realidade, ah, sempre existe um abismo – e o The Town 2025 mergulhou de cabeça nele em sua estreia.
Vamos começar pelo que foi bom, porque sim, teve coisa boa pra caramba. A estrutura do evento, cara, simplesmente impecável. Os palcos eram obras de arte, a sinalização clara, e os banheiros… bem, estavam limpos! Algo raríssimo em eventos desse porte. A cidade cenográfica, com suas temáticas diferentes, fez a gente se perder de propósito só para explorar cada cantinho.
E os shows? Minha nossa. Algumas performances entraram para a história. Foi coisa de louco, do tipo que a gente conta para os netos. A energia do público, aquela mistura de euforia e comunhão, foi simplesmente elétrica.
O Outro Lado da Moeda: Quando a Teoria Encontra a Realidade
Mas é claro que nem tudo foram flores – longe disso. A logística de acesso e saída se transformou num pesadelo kafkiano. Fila pra tudo, gente! Para entrar, para sair, para comprar uma água… era uma prova de paciência que ninguém tinha assinado up para.
E o som? Nossa, o som. Em alguns palcos, a qualidade sonora oscilou mais que ação em dia de volatilidade. Teve momento que a gente só ouvia um ruído distorcido, enquanto via os artistas se matando no palco. Uma frustração enorme para quem pagou uma nota para estar ali.
O Veredito Final: Valeu a Pena?
No fim das contas, fica aquele gosto de 'quase'. O The Town tinha tudo para ser o festival definitivo, aquele que colocaria São Paulo no mapa mundial dos grandes eventos musicais. E em muitos aspectos, ele conseguiu – a ambição e o investimento eram visíveis em cada detalhe.
Mas os problemas de operação, aqueles detalhes cruciais que fazem ou quebram a experiência do fã, mancharam um pouco o brilho do evento. Foi como um diamante mal lapidado: lindo por fora, mas com imperfeções que doíam na hora de usar.
Para 2026, a expectativa é que os organizadores ouçam o feedback – e olha, não foi pouco – e aprimorem o que não deu certo. Porque o potencial é brutal, mas potencial sem execução vira só… promessa vazia.