
No coração dos Andes, uma tradição milenar se repete a cada ano: a restauração da última ponte suspensa do Império Inca. Feita inteiramente de fibras naturais, a Q’eswachaka é um testemunho vivo da engenharia e da cultura inca.
Há mais de 500 anos, as comunidades locais se reúnem para renovar a ponte, utilizando técnicas passadas de geração em geração. O processo, que dura vários dias, envolve o trançado manual de cordas feitas com ichu, um tipo de grama andina.
Uma obra-prima da engenharia inca
Com cerca de 30 metros de comprimento e suspensa a 15 metros acima do rio Apurímac, a Q’eswachaka é a única ponte desse tipo que ainda existe. Em 2013, a UNESCO a reconheceu como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Como funciona a restauração?
O ritual de renovação segue etapas tradicionais:
- Coleta do ichu nas montanhas
- Trançado das cordas pelas famílias locais
- Desmontagem da ponte antiga
- Montagem da nova estrutura
- Celebrações com música e danças típicas
Essa prática não apenas mantém viva uma técnica ancestral, mas também fortalece os laços comunitários e preserva a identidade cultural dos descendentes incas.