
Finalmente! Depois de meses de expectativa — e um tanto de poeira —, o coração histórico de Ouro Preto volta a bater mais forte. O Museu da Inconfidência, aquela joia barroca que já foi cadeia e câmara municipal, reabriu as portas nesta quarta-feira (30) com um visual renovado. E olha, valeu cada dia de espera.
Um mergulho no século XVIII (mas com Wi-Fi)
Quem pensa que reforma histórica é só retocar pintura está redondamente enganado. Os técnicos trabalharam como cirurgiões — tirando o pó dos séculos sem apagar as marcas do tempo. As celas da antiga cadeia, por exemplo, agora têm iluminação que revela detalhes antes escondidos na penumbra. E pasmem: até a interatividade chegou ao museu, com telas sensíveis ao toque contando segredos dos inconfidentes.
"Parece que Tiradentes vai sair da parede a qualquer momento", brincou uma visitante ao ver os novos efeitos de luz na Sala dos Contratados. A verdade? A reforma conseguiu o impossível: deixar o passado mais vivo do que nunca.
O que mudou (além do óbvio)
- Acesso facilitado para cadeirantes — finalmente!
- Acervo documental reorganizado cronologicamente (antes era uma bagunça digna de arquivo colonial)
- Sistema de climatização que protege as obras sem congelar os visitantes
- Loja com produtos locais — nada daqueles souvenirs genéricos
Ah, e para os saudosistas: não, não pintaram tudo de branco. O amarelo-ouro da fachada continua lá, só que mais... dourado. A prefeitura garante que usaram a mesma técnica dos antigos mestres — mas com tintas que duram mais que três temporadas de chuva.
Horários e preços (porque ninguém é de ferro)
De terça a domingo, das 10h às 17h. Quarta-feira? Entrada franca. Nos outros dias, R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Estudantes de escolas públicas não pagam — detalhe importante numa cidade cheia de universidades.
Uma dica: chegue cedo. Com a novidade, as filas estão se formando como tropas na época da Inconfidência. Mas calma, a espera vale cada minuto. Até os fiscais do IPHAN — aqueles caras durões — aprovaram as mudanças. E olha que isso não é pouco!