Tati Machado revela: 'Sorrir não é esquecer, é lembrar' em entrevista emocionante após perda do bebê
Tati Machado sobre perda do bebê: "Sorrir é lembrar"

Não é todo dia que uma entrevista consegue arrancar lágrimas e sorrisos ao mesmo tempo. Mas quando Tati Machado resolveu quebrar o silêncio, ela entregou uma lição de vida que poucos esquecerão.

"Sorrir não é esquecer. É lembrar", disse a apresentadora, com aquela voz mansa que conhecemos bem, mas carregada de uma profundidade nova. Quem estava esperando clichês de autoajuda se surpreendeu - essa foi uma conversa crua, sem filtros, daquelas que doem e curam ao mesmo tempo.

O peso das palavras leves

Entre um café requentado e pausas para respirar fundo, Tati contou como tem sido o processo desde que perdeu o bebê. "Tem dias que a gente acorda e o mundo parece um filme mudo", confessou, esboçando um sorriso meio torto. "Mas tem outros em que o cheiro do café, o abraço do meu marido... essas coisinhas miúdas viram salva-vidas."

O que mais impressiona? A falta de rancor. Ao invés de questionar "por que eu?", ela prefere falar sobre redescoberta. "A dor remodela a gente por dentro. Você vira outra pessoa - nem melhor, nem pior, só diferente."

Os detalhes que doem (e reconstroem)

Numa das passagens mais marcantes, Tati descreveu a rotina pós-perda com uma honestidade que corta:

  • Acordar e por um segundo esquecer
  • O segundo seguinte, quando a memória volta como um soco
  • O almoço que vira guerra para engolir
  • As visitas bem-intencionadas que não sabem o que dizer

Mas eis o pulo do gato - ela não parou aí. "Aos poucos, você aprende a carregar o peso sem deixar que ele te esmague", refletiu, enquanto ajustava o anel no dedo num gesto quase inconsciente.

O tabu que precisa cair

O que Tati mais quer? Que sua experiência ajude a normalizar conversas sobre luto perinatal. "As pessoas tratam como se fosse um segredo sujo", disparou, com aquele olhar firme que conhecemos das telas. "Mas esconder a dor só faz ela doer mais."

Ela critica a pressão por "superar rápido": "Não existe cronograma para essas coisas. Alguns dias você é forte, outros mal consegue sair da cama - e tudo bem."

No final, o recado foi claro: "Se tem algo que aprendi, é que a vida não é sobre evitar quedas. É sobre aprender a cair e levantar - mesmo que seja aos tropeços." E cá entre nós, quem nunca precisou dessa lição?