
Quem não se lembra daquele mordomo inesquecível, aquele personagem que roubou a cena em Vale Tudo? Pois é, a vida do homem por trás do famoso Eugênio é um verdadeiro roteiro de cinema – e das boas, diga-se de passagem.
Sérgio Mamberti, um nome que ecoa nos corredores do teatro nacional e nas salas de estar dos brasileiros, viveu um daqueles capítulos que a gente só acredita porque realmente aconteceu. O ano era 1988, e a novela das oito era um verdadeiro fenômeno. Mamberti estava no auge, com a carreira disparando. Mas eis que o inesperado decidiu dar as caras.
Numa tarde comum, algo terrivelmente incomum aconteceu. O ator sofreu uma queda. E não foi qualquer tombo, não. Foi daqueles que mudam tudo. Uma fratura no crânio – só de pensar dá um calafrio. Os médicos, coitados, não davam muita esperança. O quadro era grave, muito grave. Dizem que a coisa foi feia a ponto de, pasmem, pensarem em desligar os aparelhos. Imagina só?
Mas Sérgio, ah, Sérgio… Ele sempre foi teimoso. No bom sentido, claro. Enquanto a equipe médica discutia protocolos, ele lá, quietinho, dava seus sinais. Um movimento aqui, outro ali. Foi quando um enfermeiro, mais atento que os outros, percebeu: ele estava se comunicando! Tentando falar, se fazer entender. Foi o suficiente para mudar o rumo dessa história.
E o que veio depois? Uma recuperação que beirou o milagroso. Em poucos meses, ele não apenas deixou o hospital como voltou aos palcos. Sim, aos palcos! Em outubro do mesmo ano, lá estava ele, firme e forte, na peça "Copenhagen". O público, é claro, ficou emocionadíssimo. Quem estava na plateia naquela noite deve se lembrar até hoje da emoção que foi.
O mais incrível? Toda essa luta aconteceu longe dos holofotes. A Globo, na época, abafou o caso. Quase ninguém ficou sabendo da gravidade da situação. Mamberti seguiu trabalhando, como se nada tivesse acontecido. Só muitos anos depois, numa entrevista, ele resolveu contar os detalhes dessa jornada assustadora.
Hoje, aos 88 anos, o ator não para. Continua na ativa, mostrando que paixão pela arte é algo que nenhum tombo consegue derrubar. Sua trajetória, marcada por mais de seis décadas de dedicação às artes cênicas, serve de inspiração para tantos outros artistas por aí.
E pensar que tudo poderia ter terminado de outra maneira, não é? Mas não terminou. A vida escreveu um final diferente – e melhor – para essa história. E olha, que história!