
Parece que o clima nos corredores da Record TV anda mais sério do que o habitual. A emissora, que já enfrentou sua cota de polêmicas, resolveu adotar uma postura que está deixando muita gente de cabelo em pé. Imagina só: você está participando de um programa, todo empolgado, e recebe a ordem expressa de não pronunciar, de jeito nenhum, os nomes de canais concorrentes. Pois é.
Não se trata de um boato ou de uma teoria da conspiração maluca. A informação veio à tona através da colunista Fabíola Reipert, do jornal O Estado de S. Paulo, que teve acesso a fontes internas. A medida, aparentemente, não é um mero capricho, mas uma diretriz que está sendo aplicada com certa rigidez. O que isso significa na prática? Basicamente, um silêncio absoluto sobre a existência de qualquer outra TV no país.
O Murro na Mesa da Direção
A decisão partiu dos altos escalões da emissora. E não foi um pedido educado, não. Foi uma determinação clara, um verdadeiro 'ponto final' no assunto. A justificativa por trás disso? Manter o foco total e absoluto na própria programação, criando uma espécie de 'universo Record' isolado. Será que a estratégia vai funcionar? Bom, isso é uma grande interrogação.
O impacto mais imediato recai sobre os participantes de reality shows e programas de auditório. Essas pessoas, que vivem sob os holofotes, agora precisam filtrar cada palavra para não cometer um deslize que pode, quem sabe, até custar caro. É uma pressão a mais em um ambiente que já é naturalmente tenso.
E as Redes Sociais? Entram na Mira?
Aqui mora um detalhe importantíssimo, e talvez o mais curioso de toda a história. A proibição, ao que tudo indica, é focada especificamente no conteúdo que vai ao ar na TV. Agora, o que os participantes publicam em seus perfis pessoais nas redes sociais – isso parece estar em uma área cinzenta. Será que os contratos vão se estender para controlar também o que é dito no X (antigo Twitter), no Instagram ou no TikTok? Essa é uma fronteira que ainda está sendo desenhada, e pode ser o próximo capítulo dessa novela.
É inegável que a medida gera um certo desconforto. Soa como um controle excessivo sobre a liberdade de expressão, mesmo dentro de um contexto contratual. Por outro lado, do ponto de vista de negócios, a Record claramente quer fortalecer sua marca e evitar dar 'ibope' gratuito à concorrência. É uma jogada arriscada, sem dúvida.
O fato é que o assunto está rendendo. E muito. Enquanto a emissora mantém um silêncio oficial sobre o tema, os bastidores fervilham com comentários e especulações. Resta saber se outras emissoras vão seguir o mesmo caminho ou se essa vai ficar como uma marca registrada – e polêmica – da Record TV. O tempo, como sempre, será o melhor juiz.