Tragédia na Capital: Músico JP Mantovani morre em acidente de moto aos 46 anos em São Paulo
Músico JP Mantovani morre em acidente de moto em SP

O dia amanheceu mais silencioso para a música brasileira. Uma notícia dura, daquelas que a gente espera nunca ter que dar, chegou na tarde de quarta-feira: João Paulo Mantovani, o JP para os amigos e fãs, partiu aos 46 anos. O motivo? Um acidente de moto brutal, por volta das 11h da manhã, na Avenida do Estado, no Cambuci, zona sul da pauliceia.

Segundo os boletins iniciais – e aí a coisa fica ainda mais triste – ele pilotava sua moto quando, por razões que a polícia ainda tenta desvendar, simplesmente perdeu o controle do veículo. O resultado foi um impacto violento, fatal. Os bombeiros correram para o local, mas, infelizmente, só puderam atestar o óbito. Que cena horrível, não é?

E olha, não era qualquer um. JP Mantovani era daquelas figuras que respiravam arte. Multi-instrumentista de mão cheia – nos teclados, na guitarra, no que fosse preciso – e um produtor musical com um ouvido afiado. Ele tinha uma história linda, cheia de notas e harmonias, construída ao lado de ninguém menos que o queridíssimo Humberto Gessinger, da banda Engenheiros do Hawaii. Juntos, eles fizeram magia acontecer em estúdio por longos e produtivos nove anos.

Mas a sua praia não era só produzir. O homem também botava a mão na massa e subia no palco. Integrou a banda do próprio Gessinger e, mais recentemente, mostrava sua arte com a Banda Mantovani, um projeto autoral que tinha tudo para decolar. A gente se pergunta: quantas músicas lindas deixaram de ser compostas?

O velório, um momento de despedida para familiares e amigos mais próximos, foi marcado para esta quinta-feira (23), no célebre Cemitério do Araçá. Já a cremação, que é para ser um ato mais reservado ainda, está programada para sexta-feira (24).

A dor é grande. Humberto Gessinger, que praticamente era um irmão para ele, se pronunciou nas redes sociais com um coração partido. A mensagem foi curta, mas carregada de uma saudade imensa: “Vá em paz, amigo. Que tristeza”. Às vezes, são as frases mais simples que doem mais.

A verdade é que uma carreira promissora, cheia de potencial, foi interrompida de forma abrupta e cruel. O JP deixa um vazio enorme no coração da família, dos amigos e de todo o cenário musical que ele ajudou a construir. São Paulo perdeu um pouco da sua trilha sonora hoje.