
O mundo do entretenimento está pegando fogo — e não é efeito especial. Numa jogada que pegou todo mundo de surpresa, mais de 400 pesos-pesados de Hollywood decidiram botar a boca no trombone para defender Jimmy Kimmel. E estamos falando de gente do calibre de Meryl Streep, Tom Hanks, Robert De Niro... a nata da nata.
O que diabos está acontecendo? A coisa começou a feder quando um grupo de acionistas da ABC — a rede que transmite o Jimmy Kimmel Live! — resolveu fazer pressão para cortar o comediante da programação. Alegam que as piadas dele seriam "demasiado controversas". Sério mesmo?
Uma carta que vale ouro
A resposta veio com a força de um roteiro de Hollywood. A carta aberta, organizada pela Media Matters — uma organização não-governamental que monitora a mídia —, é um verdadeiro tiro de canhão. Mais de 400 assinaturas de gente que realmente importa na indústria. Al Pacino, Mark Hamill, Whoopi Goldberg... a lista parece interminável.
"É um ataque direto à liberdade de expressão artística", dispara um trecho do documento. E olha, eles não estão brincando de ser bonzinhos. O texto é duro, direto e deixa claro: mexe com um, mexe com todos.
O que está por trás dessa briga?
Parece que a coisa é mais embaixo do que uma simples discussão sobre humor. Os acionistas reclamadores — liderados pela extrema-direita — estão usando o argumento do "conteúdo ofensivo" como cavalo de batalha para uma guerra muito maior. Querem calar vozes que não seguem sua cartilha.
Jimmy Kimmel, pra quem não sabe, nunca foi de ficar quieto. Suas críticas a figuras políticas controversas e sua defesa ferrenha de direitos civis sempre foram marca registrada do programa. E agora, parece que alguém decidiu que já chega.
Mas calcularam mal. Bem mal.
Hollywood fecha o cerco
O mais impressionante nessa história toda é a união da comunidade artística. Normalmente tão fragmentada, dessa vez apareceu com uma voz só — e que voz! A adesão massiva de nomes consagrados mostra que a linha foi cruzada.
"Quando tentam silenciar um artista, ameaçam todos nós", comentou uma fonte próxima aos signatários, que preferiu não se identificar. "Kimmel pode ser o alvo hoje, mas amanhã pode ser qualquer um."
E não é exagero. O clima em Hollywood está tenso. Muitos veem esse movimento como um teste — se conseguirem derrubar Kimmel, abrirão um perigoso precedente.
E a ABC nisso tudo?
A rede de televisão está numa saia justa. De um lado, a pressão dos acionistas. Do outro, praticamente todo o seu catálogo de talentos ameaçando boicote. Uma escolha entre o lucro imediato e a credibilidade a longo prazo.
Até agora, silêncio absoluto da direção da ABC. Mas com essa bomba-relógio prestes a explodir, dificilmente vão conseguir ficar em cima do muro por muito tempo.
O que me faz pensar: em tempos de cancelamento fácil, essa revolta organizada pode ser um ponto de virada. Artistas percebendo que, unidos, têm muito mais força para enfrentar pressões corporativas.
E você, acha que Jimmy Kimmel vai conseguir segurar a onda? Uma coisa é certa: com esse apoio todo, não vai ser fácil calá-lo.