Quem olha de fora imagina um conto de fadas. Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert — dois nomes que soam como sinônimo de parceria na televisão brasileira. Mas a verdade, como ela mesma conta, é bem mais terrena — e interessante — do que qualquer fantasia.
Numa conversa franca, quase um desabafo entre amigos, Fernanda desmonta a ideia de perfeição. Dezoito anos de casamento não se constroem com magia, mas com algo muito mais poderoso: escolha. Escolha diária, insistente, às vezes cansativa, mas sempre consciente.
O que ninguém te conta sobre conviver
“A gente se completa?” — ela provoca, jogando uma brasa naquele clichê romântico que todo mundo adora. “Não, a gente se esbarra. Se atrita. E decide ficar junto mesmo assim”. É essa maturidade crua, sem verniz, que torna a narrativa deles tão cativante.
Ela fala de rotina, da loucura de criar três filhos — os gêmeos João e Francisco, e a caçula Maria — e de como o casal precisa se reinventar constantemente para não cair na armadilha da mesmice. Hilbert, segundo ela, é seu porto seguro. O cara que a faz rir nos dias cinzentos e que divide não só os sonhos, mas a lista de supermercado.
O segredo? Não existe segredo
Fernanda não entrega uma fórmula mágica. Entrega realidade. Fala de respeito, de dar espaço para o outro crescer, de comemorar as vitórias e — principalmente — de aprender com as derrotas. “É um trabalho de toda hora”, admite, sem drama.
Talvez seja justamente essa a lição mais valiosa. Num mundo onde relacionamentos de famosos parecem descartáveis, a constância deles é um ato quase revolucionário. Uma declaração de que amor bom é aquele que se faz, não apenas se sente.
E no final das contas, é isso. Dois seres humanos, cheios de imperfeições, escolhendo um ao outro. Todo santo dia. Simples e genial, como tudo que é verdadeiro.
