
O coração do futebol catarinense parou nesta segunda-feira. Aos 78 anos, partiu um dos maiores ídolos da história do Avaí — aquele que, com suas jogadas magistrais, levou o time à glória do Campeonato Brasileiro de 1973.
Não foi apenas um jogador. Era um artista da bola, um daqueles raros talentos que transformam gramados em palcos e partidas em espetáculos. Quem teve o privilégio de vê-lo em ação nos anos 70 sabe: ele fazia a diferença.
O legado de um campeão
Naquela temporada histórica, quando o Avaí surpreendeu o Brasil inteiro, nosso protagonista estava no centro das atenções. Não pela fama — que nunca perseguiu — mas pela genialidade discreta de quem joga por amor ao esporte.
"Ele tinha uma visão de jogo impressionante", lembra um ex-companheiro de equipe, a voz embargada pela emoção. "Nos treinos, às vezes parávamos só para aplaudir."
Vida após os gramados
Longe dos holofotes, o ex-atleta manteve-se ligado ao futebol de maneira discreta. Dizia que o maior prêmio não eram os títulos, mas as amizades construídas ao longo da carreira.
Nos últimos anos, enfrentou problemas de saúde com a mesma coragem que demonstrava em campo. A morte veio em casa, rodeado pela família — tal como desejava.
Florianópolis chora. O futebol brasileiro perde um pedaço de sua história. Mas, como diriam os torcedores mais antigos, "campeão não morre, vira lenda".