O calçadão de Copacabana acaba de ganhar um novo marco — e dessa vez, é pessoal. Quem passa pela orla agora se depara com duas figuras icônicas lado a lado: Gilberto Gil e, agora, sua filha, Preta Gil. A inauguração aconteceu nesta quinta, e olha, não foi só mais uma cerimônia. Foi um momento carregado de simbolismo e afeto.
Preta, visivelmente emocionada — quem não ficaria? — não escondia a alegria. “É surreal ver minha imagem aqui, eternizada ao lado do meu pai”, disse, com a voz embargada. A estátua, em bronze, captura não só seus traços, mas também sua postura descontraída e cheia de personalidade. Dá até a impressão de que ela vai sair dali e começar a cantar.
Um gesto que vai além da arte
Mas isso aqui não é só sobre uma escultura nova na praia. É sobre reconhecimento. É sobre representatividade. Preta Gil não é apenas filha de um mito da música — ela é artista por direito próprio, uma voz ativa na luta por diversidade e inclusão. Ter ela ali, fixada no asfalto quente do Rio, manda uma mensagem forte. E olha que legal: a peça fica bem na altura da Rua Francisco Otaviano, virando quase um point cultural de graça — e de frente pro mar.
Gilberto Gil, sempre sábio, comentou sobre a importância do momento. “Isso fala sobre permanência, sobre afeto que vira história”, refletiu. E faz sentido. Em um país onde a memória às vezes é apagada, gestos assim resistem.
O que significa uma estátua em 2024?
Num tempo em que todo mundo discute quem merece ou não um monumento, a escolha de Preta parece acertada. Ela representa uma geração que luta para ser vista e ouvida. A homenagem chega pouco depois dela enfrentar uma batalha dura contra um câncer — e vencer. Superação pura.
E aí, será que a gente vai ver mais figuras contemporâneas sendo imortalizadas assim? Tomara. A cidade ganha vida quando sua cultura é celebrada publicamente. E Copacabana, com esse duo dinâmico, fica ainda mais bonita — e significativa.
Passou pelo Rio? Dá uma passada lá. A vista é de tirar o fôlego, e agora, com duas lendas olhando o pôr do sol junto.
