
Ela era uma figura que desafiava convenções — Eny Cezarino, a mulher que transformou um simples bordel num império do prazer (e do escândalo). Nos anos 70, sua mansão em Bauru não era apenas um ponto de encontro, mas um símbolo de poder — onde políticos, artistas e empresários se misturavam sob cortinas de veludo e lustres de cristal.
Quem diria? Uma matriarca do submundo com mais influência que muitos prefeitos da época. Aos 52 anos, quando uma bala perdida a atingiu em 1979, deixou para trás não só histórias picantes, mas um legado arquitetônico que ainda hoje provoca curiosidade.
O Palácio dos Pecados
Três andares, 22 quartos temáticos (sim, temáticos!), piscina olímpica e até um cinema privativo. A mansão na Rua Rio Branco era mais luxuosa que muitos hotéis cinco estrelas atuais. Dizem que:
- Os lençóis eram trocados a cada cliente
- O champanhe francês corria como água
- Até os cinzeiros eram importados da Itália
E hoje? Bom... o lugar que já foi sinônimo de festas intermináveis agora abriga um centro de recuperação para dependentes químicos. Ironia do destino ou redenção arquitetônica? Você decide.
O Mito que Virou Lenda Urbana
Rolaram tantas histórias sobre Eny que fica difícil separar fato de ficção. Dizem que ela:
- Tinha um caderninho preto com nomes importantes
- Financiava campanhas políticas em troca de proteção
- Mandava flores para as mães das "funcionárias" no Dia das Mães
Se metade for verdade, já explica porque a polícia só fechou o lugar dois anos após sua morte. Coisa de outro mundo, não?
Ah, e tem aquela história maluca do túnel secreto que levava até a prefeitura... mas isso é papo para outra hora.