
Imagine acordar todos os dias com a sensação de estar sendo vigiada. Foi exatamente assim que Carolina Ferraz viveu os últimos cinco anos — um verdadeiro filme de terror, mas sem roteiro ou diretor para gritar "corta!".
A atriz, conhecida por papéis marcantes na TV, revelou em entrevista um pesadelo que preferia ter ficado apenas nos sonhos: uma suposta fã russa transformou sua vida num inferno. E olha que não foi coisa de um dia ou dois... foram 1.825 dias de puro desgaste emocional.
O começo do pesadelo
Tudo começou de forma inocente — como sempre começam essas histórias. Algumas mensagens apaixonadas nas redes sociais, elogios exagerados. "No início até achei fofo", admite Carolina, com um sorriso amargo. Mas a coisa degringolou rápido.
Eis o que aconteceu nos últimos anos:
- A mulher apareceu do nada em três eventos públicos da atriz
- Mandou mais de 200 cartas — algumas com conteúdo perturbador
- Conseguiu números de telefone pessoais e ligava até de madrugada
- Chegou a enviar presentes para familiares, incluindo a mãe de Carolina
"Virou uma sombra que eu não conseguia escapar", desabafa a artista, ainda visivelmente abalada ao lembrar dos detalhes.
Quando o apoio virou terror
O pior? A situação escalou para níveis dignos de roteiro de suspense psicológico. A perseguidora:
- Criou perfis falsos para monitorar a atriz
- Publicou fotos manipuladas das duas juntas como se fossem amigas
- Chegou a aparecer no prédio onde Carolina morava
"Tinha dias que eu tremia só de ver notificação no celular", confessa. E não era para menos — algumas mensagens continham ameaças veladas e declarações perturbadoras sobre "união eterna".
O lado burocrático do terror
Aqui vem a parte que muita gente não imagina: processar alguém por perseguição não é tão simples quanto parece. Carolina explica:
"Como a mulher era estrangeira, tudo ficou mais complicado. Às vezes eu sentia que estava lutando contra um fantasma." A atriz chegou a registrar boletins de ocorrência, mas esbarrou na lentidão do sistema.
Psicólogos ouvidos pelo caso alertam: situações assim podem deixar marcas profundas. "Vítimas de stalking desenvolvem hipervigilância constante", explica uma especialista. Ou seja, o dano vai muito além do momento do assédio.
E agora?
Após cinco anos nesse inferno astral, Carolina finalmente conseguiu uma medida protetiva. Mas o alívio vem com ressalvas: "Ainda olho duas vezes antes de entrar no elevador do prédio. Alguns medos a gente não esquece."
O caso serve de alerta para um problema crescente — o assédio digital contra celebridades. Como diz o ditado: "fama tem preço". Mas certamente não deveria incluir pesadelos reais como esse.