E aí, torcedor? Prepare-se para mais um capítulo da novela que mistura clubes e seleção. O Vasco da Gama acabou de tomar uma decisão que vai dar o que falar: Rayan, uma das joias do time, não vai disputar o Mundial sub-20 pela Seleção Brasileira.
Pois é. A CBF já tinha até divulgado a lista de convocados, mas esbarrou numa negativa em São Januário. O clube — que, convenhamos, está numa fase mais complicada que quebra-cabeça de mil peças — usou o direito que tem de segurar o atleta. E não foi por maldade, não.
A justificativa? Calendário. E não é qualquer calendário: é aquele apertado, cheio de datas, que mais parece um sábado de liquidação em shopping. O Vasco enxerga o jogador como peça fundamental nos próximos jogos do Campeonato Carioca e — pasmem — na pré-temporada. Sim, pré-temporada! Parece piada, mas não é.
Rayan, pra quem não lembra, nem é tão utilizado assim. Ele mal entrou em campo nos últimos jogos — só 25 minutinhos contra o Nova Iguaçu. Mas o técnico Maurício Barbieri, coitado, insiste que ele é importante. Muito importante. Tipo "cannot be missed".
E aí você pensa: mas o Mundial sub-20 não é qualquer torneio, né? É uma vitrine internacional, uma chance de ouro pra revelar talentos. Só que o Vasco, com a corda no pescoço e pressão da torcida, prefere não arriscar. Prefere garantir que o meia esteja ali, inteiro, pra brigar por vaga no time principal.
Não é a primeira vez que isso rola, inclusive. Outros times brasileiros também já seguraram seus garotos em momentos assim. Mas, convenhamos, sempre gera uma frustração danada. Principalmente pros jovens que sonham vestir a amarelinha em campeonatos mundiais.
E agora, José? Rayan fica. A Seleção segue sem ele. E o Vasco… bom, o Vasco segue tentando encontrar seu caminho — preferencialmente longe das zonas de rebaixamento e com elenco completo.
Restou um gosto amargo? Sim. Mas fazer o quê? No futebol, como na vida, às vezes a gente tem que escolher entre a pátria e o clube. E hoje, em São Januário, o clube venceu.
