Ela avisou que não ia ser fácil. E não foi. Mas que foi bonito de se ver, ah, isso foi. Rebeca Lima, essa brasileira que parece saída de um filme de superação, fez história nas terras geladas da Polônia nesta noite de sexta-feira.
Quem acompanha o boxe sabe: revanche tem gosto especial. E dessa vez, o sabor foi doce como mel para a nossa campeã. A polonesa Natalia Rok, que havia vencido o primeiro confronto, não conseguiu repetir o feito. Longe disso.
Dominou desde o primeiro round
Parece até exagero, mas não é. Rebeca saiu com uma ferocidade controlada que impressionou até os comentaristas locais. Os socos precisos, a movimentação inteligente… cara, era como ver uma mestra trabalhando.
No quarto round, a coisa ficou séria. Um combination direto-esquerdo acertou em cheio o queixo de Rok, que balançou feio. O referee deu uma olhada preocupada, mas a polonesa conseguiu continuar.
Mas era questão de tempo. No sexto assalto, Rebeca simplesmente não deu chance. Uma sequência brutal de golpes precisos fez a adversária recuar até os cordas. Sem condições de resposta, o árbitro não teve alternativa: parou a luta!
O que significa esse título?
Além do óbvio – um puta troféu para trazer para casa – essa vitória coloca Rebeca no mapa mundial do boxe feminino de verdade. A WBO não é qualquer organização, é uma das quatro maiores do planeta.
E pensar que há dois anos ela quase desistiu do esporte por falta de patrocínio… A vida dá voltas, não dá?
O mais impressionante? Ela mesma admitiu depois da luta: «Treinei pensando em cada detalhe da primeira derrota. Estudei meus erros, estudei os dela. E deu certo.» Simples assim, como se fosse fácil.
O que vem por aí? Provavelmente uma defesa de título ainda este ano, possivelmente no Brasil. Já imaginaram essa cena? Um evento grande de boxe com uma campeã mundial nossa defendendo o cinturão em casa?
Enquanto isso, Rebeca comemora com a equipe em uma pizzaria em Varsóvia. Merecido, né? Afinal, não é todo dia que uma brasileira vira campeã mundial de boxe na terra da adversária.
