
Quem diria, hein? O treino classificatório do GP da Hungria foi pura eletricidade, e Charles Leclerc — sim, ele mesmo — botou a Ferrari na pole position com uma volta que deixou todo mundo de queixo caído. A McLaren, que vinha forte, ficou comendo poeira. E a Red Bull? Nem se fala.
O monegasco, que anda meio na sombra ultimamente, apareceu com tudo no Hungaroring. A pista, conhecida por ser um quebra-cabeça técnico, pareceu brincadeira de criança nas mãos dele. 1:16.732 — esse foi o tempo que calou os críticos. Lando Norris? Ficou a 0,328s. Max Verstappen? Quase três décimas atrás.
O pulo do gato
Ninguém esperava. Sério. A Ferrari vinha patinando nos treinos livres, e de repente — pá! — Leclerc solta essa bomba. Os engenheiros da McLaren devem ter engolido seco. A estratégia? Mistério. O carro? Ajustado no limite. O piloto? Com a frieza de quem toma café da manhã.
“A volta saiu quase sozinha”, disse Leclerc depois, com um sorriso que não escondia o alívio. Quase, nada. O cara meteu o pé e o volante falou mais alto. A última curva, aquela maldita curva 14, foi obra de arte — nem um milímetro fora da linha ideal.
E agora, hein?
A corrida promete. O asfalto do Hungaroring esquenta feito chapa de fogão, e degraus no grid são ouro. Mas olha só: Verstappen vem com sangue nos olhos, e a Red Bull tem histórico de virar o jogo no domingo. Piada pronta? “Pole não ganha corrida”, já dizia o velho ditado do paddock.
Mas hoje, pelo menos, a festa é vermelha. A torcida da Ferrari — sempre dramática — já deve estar chorando no Twitter. E a McLaren? Bom, pelo menos Norris garantiu a primeira fila. Algo é algo.