O clima no Manchester United anda mais pesado do que uma tarde de inverno em Manchester. E não é só por causa dos resultados capengas. Rio Ferdinand, aquele mesmo que foi um muro na defesa do clube por anos, resolveu cutucar a ferida. E como!
No seu podcast, o famoso FIVE, ele foi direto ao ponto, sem rodeios. A maior preocupação no United? Ah, não é a zaga que às vezes parece sumir, nem o meio-campo que some de vez em quando. É uma posição específica, solitária, a última linha de resistência: o gol.
O Problema Entre as Traves
Ferdinand foi categórico. A ausência de um goleiro de altíssimo nível, daqueles que ganham sozinhos 12, 15 pontos por temporada, é o que mais dói no clube. Ele deu exemplos que doem. Alisson, no Liverpool. Ederson, no City. Esses caras são decisões. E o United? Bem, essa é a questão que tira o sono da torcida.
André Onana, que chegou com uma baita reputação, simplesmente não emplacou. A confiança parece ter ido pro ralo. E pior: isso cria um efeito dominó. A defesa fica insegura, com medo de qualquer bolinha lançada na área porque não acredita que o homem atrás deles vai resolver. É um círculo vicioso dos infernos.
O Peso de uma Camisa
Ser goleiro do Manchester United não é para qualquer um. A sombra de um monstro sagrado como Peter Schmeichel ou de um louco genial como Edwin van der Sar é longa. Muito longa. A cobrança é absurda. Cada erro vira um filme de terror em câmera lenta.
Ferdinand acredita, e faz sentido, que até essa lacuna ser preenchida, o time vai continuar patinando longe dos grandes títulos. Não adianta ter astros no ataque se a base não está sólida. É como construir um castelo na areia.
O veredito do ex-zagueiro é um soco no estômago da diretoria. Enquanto os rivais seguem firmes com suas pedras angulares no gol, o United parece ainda procurando sua âncora. E o tempo, como bem sabemos, não espera ninguém na Premier League.
