
Não é todo dia que a gente vê um projeto esportivo decolar tão rápido — e com tanta paixão envolvida. Felipe Freitas, o técnico do time feminino do Bahia, tá com os olhos brilhando quando fala do que vem acontecendo. E não é pra menos.
"A gente começou quase do zero, sabendo que o caminho seria duro", confessa ele, com a voz cheia daquela mistura de orgulho e cansaço que só quem bota a mão na massa conhece. Mas os resultados? Ah, esses falam por si.
O jogo dentro do jogo
Se tem uma coisa que Felipe deixa claro é que não se trata só de jogar bola. "Isso aqui é uma revolução silenciosa", solta, enquanto ajusta o boné — marca registrada dele nas laterais do campo. E os números provam:
- Público crescendo a cada partida (e como!)
- Meninas da base olhando pras atletas como heroínas
- E aquela velha mentalidade de que "futebol é coisa pra homem" indo pro brejo
Não que seja fácil, claro. "Tem dia que a gente sente o peso de estar construindo algo novo", admite. Mas é justo aí que mora a graça.
O futuro já começou
O que vem pela frente? Felipe esboça um sorriso meio cúmplice antes de responder. "Tá vendo aquela garotada aí?", pergunta, apontando pro campo durante um treino. "Elas vão mudar tudo."
E os planos são tão ousados quanto realistas:
- Estrutura de ponta (já tão trabalhando nisso)
- Revelar talentos pra seleção (tem joia bruta que vai brilhar)
- E o principal: fazer do Bahia uma referência nacional
"Mas calma lá", ele brinca, "não tô dizendo que vai ser do dia pra noite". A estrada é longa, mas — e aqui a voz dele fica séria — "tão importante quanto chegar lá é como a gente faz a viagem".
E se depender da determinação que transborda em cada palavra do técnico, esse time tá mais que pronto pra escrever sua história. Uma página de cada vez.