Corinthians renova confiança após clássico, mas evita euforia exagerada
Corinthians renova confiança após clássico, sem exageros

O clima no Corinthians depois do empate sem gols contra o Palmeiras no último domingo? Difícil definir em uma palavra só. Não é alegria desbragada, mas também não dá pra chamar de frustração. É aquela sensação de dever cumprido, sabe? Como quando você tira 7 na prova difícil - não é excelente, mas tá longe de ser ruim.

O time mostrou evolução defensiva - isso é inegável. A zaga, que antes parecia um peneira, agora lembra mais um portão bem trancado. Fábio Santos e Fagner, os "vovôs" do elenco, deram um baile de experiência. E o Cássio? Ah, o Cássio fez aquilo que só ele sabe fazer: salvou quando precisou.

Renato Augusto: o maestro que faltava

Quem viu o jogo notou: com Renato Augusto em campo, o Corinthians ganha outra cara. O meio-campo deixa de ser um deserto de criatividade e vira um jardim bem cuidado. O problema? O cara tem 35 anos e não dá pra jogar 90 minutos todo jogo. Mano Menezes sabe disso e vem dosando como um chef que tempera a comida na medida certa.

"A gente evoluiu, mas ainda tem muito chão pela frente", disse um dos jogadores no vestiário, enquanto enxugava o suor do rosto. Frase de clichê? Talvez. Mas reflete bem o momento.

O perigo do "oba-oba"

Aqui vem o pulo do gato: o Corinthians já caiu muitas vezes no conto do "um bom resultado significa que tudo está resolvido". A diretoria, mais experiente agora, parece ter aprendido a lição. Nada de anunciar contratações mirabolantes ou prometer títulos. O discurso é pé no chão - e isso, convenhamos, é refrescante.

  • Defesa mais sólida? Check.
  • Criação de jogadas melhor? Check.
  • Time pronto para brigar por título? Calma lá, amigo.

O próximo desafio é manter essa regularidade. Porque no futebol - e os corintianos sabem bem disso - hoje você é herói, amanhã pode virar vilão. O Mano Menezes, com sua experiência de sobra, parece ter a receita certa: comemora as vitórias, mas não deixa a peteca cair.

E os torcedores? Ah, esses estão divididos entre o otimismo cauteloso e aquele medinho no fundo da garganta. Afinal, ser corintiano é isso: sofrer, comemorar, e sempre acreditar - mesmo quando a razão diz pra não fazer isso.