Imaginem só: o primeiro tempo nem tinha acabado direito e o Botafogo já estava com um a menos em campo. A expulsão de Marçal aos 43 minutos poderia ter sido o prenúncio de uma noite longa e dolorosa para a torcida alvinegra. Mas o futebol, ah, o futebol sempre nos prega peças… e que peça!
O que se viu a partir dali foi um verdadeiro show de raça, daqueles que entram para a história. Com um jogador a menos, time se recolheu, se organizou e partiu para o contra-ataque com uma eficiência assustadora. Parecia até que tinham treinado a semana toda nessa situação desvantajosa.
O Gol da Virada e o Herói Improvável
Quem diria, hein? Aos 12 da etapa final, saiu o gol que colocou a Nilton Santos em pé. Júnior Santos, aproveitando um rebote mais doado que ingresso de político, empurrou para as redes e fez o estádio tremer. Foi um daqueles momentos de pura catarse, em que o alívio e a alegria se misturam numa gritaria só.
E não foi por pouco. O Galo, é claro, não ficou parado. Partiu pra cima, buscando um empate que, dentro do contexto, parecia mais do que justo. Hulk e companhia pressionaram, é verdade, mas esbarraram numa defesa botafoguena simplesmente inspirada. Parecia que tinha gente extra em campo – a tal da garra, essa que não aparece na escalação, mas decide jogo.
O que Essa Vitória Significa?
Além dos três pontos, obviamente. É daquelas vitórias que valem por três, na conta emocional. Mostra um time com casca, com personalidade, que não se abate quando as coisas apertam. Em um campeonato longo e desgastante como o Brasileirão, saber sofrer e virar jogos assim é um trunfo que não tem preço.
Para o Atlético-MG, a derrota deve doer um bocado. Tinha tudo para marcar pontos fora de casa, contra um time numericamente inferior, e deixou a oportunidade escorrer pelos dedos. Uma daquelas partidas que o técnico vai reassistir com uma certa… digamos, frustração.
No fim das contas, a noite foi de festa no Engenhão. O Botafogo, contra todas as previsões mais pessimistas, deu um show de coragem e saiu com a vitória mais do que merecida. É gol que vale por dois, vitória que vale por dez. E a torcida? Ah, a torcida vai dormir cantando.
