Um ato de heroísmo marcou a tarde desta segunda-feira (10) em José de Anchieta, na Serra, Grande Vitória. Um bebê de apenas 37 dias de vida foi salvo por um policial militar após se engasgar com leite durante a amamentação.
Momento de desespero no batalhão
O recém-nascido chegou ao batalhão da Polícia Militar nas mãos da tia, enquanto a mãe seguia desesperada gritando por socorro. A criança estava totalmente rígida e com coloração roxa, um cenário que poderia ter terminado em tragédia.
O sargento Azevedo, que estava de serviço no local, não hesitou em agir. Imediatamente, ele realizou a manobra de desengasgo no pequeno bebê, demonstrando experiência e sangue frio em um momento crítico.
A emocionante reação do bebê
Em depoimento, o policial descreveu a cena que ficará marcada em sua memória: "Chegou a tia com o bebê nas mãos e a mãe gritando desesperadas. A criança estava totalmente rígida e roxinha. Fizemos a manobra e saiu muito catarro com leite. Quando ela chorou, vimos que tinha voltado. Foi de grande emoção", contou o sargento.
Após o atendimento de emergência, o policial orientou que o bebê fosse levado à Maternidade da Serra, em Colina de Laranjeiras, para observação médica. Segundo informações da família, o recém-nascido permaneceu cerca de 20 minutos em observação e foi liberado logo depois, sem complicações.
Herói de farda com histórias de vida
O sargento Azevedo não é novato em situações de emergência. Com quase 30 anos de carreira na Polícia Militar, ele acumula outros episódios em que ajudou a salvar vidas.
O militar revelou que já havia salvado outro bebê engasgado e até realizado um parto em uma ocorrência semelhante, também na Serra. "Há uns oito ou nove anos, salvamos um bebê de sete meses que engasgou com uma bala, no terminal. E, em dezembro de 2020, eu e o soldado Scopel ajudamos em um parto, aqui perto da companhia. Hoje, tenho contato com essa criança, a mãe até diz que eu sou o tio dela", lembrou com carinho.
A mãe do bebê salvou nesta segunda-feira, ainda muito abalada pelo susto, preferiu não dar entrevista, mas não deixou de agradecer o atendimento prestado pelos militares.
O sargento Azevedo, que se inspira no pai - também militar - demonstrou orgulho em cumprir a missão de proteger vidas. "Eu vou me aposentar em um ano e três meses. A experiência ajuda a manter a calma nessas horas. A gente pensa só na vida da criança", afirmou o herói de farda que já tem data marcada para deixar a corporação, mas leva na bagagem histórias de vidas salvas que permanecerão como legado.
