
Imagine só: violinos que ecoam os saltos pixelados do Mario, trompas anunciando a velocidade do ouriço azul e um regente que parece ter saído de um nível secreto. A Orquestra Petrobras Sinfônica decidiu que São Paulo merece essa fusão — e como!
Nos dias 3 e 4 de agosto, o Auditório Ibirapuera vira palco de um crossover improvável. De um lado, a grandiosidade atemporal de Tchaikovsky; do outro, as melodias viciantes que marcaram gerações de jogadores. Quem nunca assobiou o tema do Green Hill Zone no chuveiro, hein?
Programação que é um cheat code cultural
A batuta do maestro Isaac Karabtchevsky vai comandar:
- Abertura 1812 — aquela dos canhões! — do russo
- Suíte orquestral de Super Mario Bros., com direito a cogumelos sonoros
- Medley épico de Sonic the Hedgehog (sim, a fase da Labyrinth Zone tá lá)
- E surpresas que nem os desenvolvedores vazaram
"É como desbloquear a fase bônus da cultura", brinca Karabtchevsky, que confessou ter perdido algumas horas pesquisando — digo, "estudando profundamente" — as trilhas originais.
Por que isso funciona?
Quem pensa que games e música erudita não combinam nunca deve ter ouvido:
- A complexidade rítmica de Donkey Kong Country (aquela água calma engana!)
- Os arranjos quase operísticos de Final Fantasy
- Ou — pasmem — como o tema do Mario tem estrutura clássica perfeita
E olha que curioso: muitos compositores de games estudaram... adivinha? Música clássica! Coincidência? A gente acha que não.
Dica quente: Chegue cedo. A fila costuma ser mais longa que a do lançamento do PlayStation 2. E tem gente que vai fantasiada — já avisamos!