
Imagine só: 64 horas seguidas de bocha, uma rivalidade que divide a cidade entre polenta e salame, e um público que não perdeu um minuto da ação. Foi assim o campeonato que agitou as comemorações de aniversário de uma cidade catarinense — e olha que a coisa ficou séria!
Não foi qualquer torneio. A galera levou a coisa tão a sério que até os mais céticos acabaram se rendendo ao clima de festa. E não é pra menos: times vestidos de branco (os "polenta") enfrentaram os de vermelho (os "salame") numa disputa que misturou esporte, tradição e — claro — muita zoeira.
Como Funcionou a Maratona?
Três dias. Duas equipes. Um único objetivo: não deixar a peteca cair — ou melhor, a bocha rolar. Os jogadores revezavam em turnos, mas o jogo? Esse não parou nem um segundo. Até barraca montaram no local pra galera descansar entre uma partida e outra.
"A gente treina o ano todo pra isso", contou um participante, com olheiras de guerreiro mas sorriso de vencedor. E não era brincadeira: alguns até faltaram no trabalho pra não perder a competição. Dá pra acreditar?
A Rivalidade que Une
O mais curioso é que, por trás da disputa acirrada, todo mundo se conhece. São vizinhos, parentes, amigos de infância — mas quando a bocha começa a rolar, vira guerra de família. "No final, a gente sempre acaba tomando um chimarrão juntos", ri um dos organizadores.
E os espectadores? Esses viraram personagens da história. Uns apostavam cerveja, outros torciam até ficar roucos. Teve até vovô que ficou acordado até altas horas pra não perder os lances mais emocionantes.
Por Que Polenta e Salame?
A divisão das equipes tem raízes antigas na região. Diz a lenda que começou com uma aposta entre dois grupos de amigos — um preferia polenta, o outro salame. A brincadeira pegou e virou tradição. Hoje, até criança já nasce sabendo de que time é.
"É nossa forma de manter viva a cultura italiana", explica uma moradora, enquanto ajusta o lenço vermelho no pescoço. E parece que funciona: o evento só cresce a cada ano, atraindo até visitantes de cidades vizinhas.
Quando a última bocha rolou e o vencedor foi anunciado, o cansaço deu lugar à comemoração. Afinal, como dizem por lá: "perdeu ou ganhou, o importante é que a festa continuou". E continuou mesmo — com direito a música, comida típica e planos para o próximo ano.