
Imagine um mundo onde hologramas substituem palestrantes e a realidade virtual transporta o público para qualquer lugar do globo. Parece ficção científica, mas já é realidade — e o Brasil está no meio dessa revolução. Quem afirma é o CEO da Lampadaag, em uma análise afiada sobre como a tecnologia está virando o jogo no setor de eventos.
O que mudou — e como mudou rápido
"Há cinco anos, um evento 'high-tech' significava um projetor que não quebrava", brinca o executivo, antes de entrar no mérito da coisa. Plataformas de interação em tempo real, inteligência artificial personalizando experiências e até mesmo algoritmos que preveem o engajamento do público são só o começo. O pulo do gato? A pandemia acelerou tudo isso num ritmo que ninguém — nem os mais otimistas — esperava.
Mas calma lá: não é só glamour. O CEO esmiúça os perrengues também:
- Custo x Acessibilidade: "Tecnologia de ponta ainda pesa no bolso, e isso cria um abismo entre grandes e pequenos eventos"
- Falta de mão de obra qualificada: "Contratamos DJ para operar sistema de som 3D. Não deu certo, óbvio"
- Resistência à mudança: "Tem cliente que ainda quer confetti de papel. A gente explica que NFT é o novo confetti, mas..."
O Brasil no mapa global
Surpresa: estamos na vanguarda em algumas áreas. O uso de plataformas de metaverso em eventos corporativos, por exemplo, já supera a média global por aqui. "O brasileiro é early adopter por natureza — mesmo sem saber pronunciar 'early adopter'", ri o CEO. Mas há gargalos: infraestrutura de internet em algumas regiões ainda é um desafio digno de Hércules.
E o futuro? Segundo a análise, três tendências devem dominar os próximos anos:
- Eventos híbridos viraram norma — mas agora com experiências iguais para presencial e remoto
- Sustentabilidade digital: compensação de carbono de servidores será tão discutida quanto o coffee break
- Dados como commodity: "Quem entender o público pela navegação no evento terá vantagem brutal"
No fim das contas, uma coisa é certa: como diria o CEO, "ou você abraça a tecnologia, ou ela te abraça — e nem sempre do jeito que você quer". Resta saber quem vai surfar essa onda e quem vai ficar só na areia.