Não era fácil achar um espaço vazio naquele mar de gente — uma verdadeira multidão que parecia não ter fim. Logo após o último acorde do show arrasador de Ivete Sangalo no Mangueirão, a realidade bateu: como voltar para casa?
Pois é. O pessoal, ainda embalado pela energia da rainha do axé, se viu diante de filas que serpenteavam pelos arredores do estádio. E olha, não era pouca coisa não. Dava pra sentir aquele misto de cansaço e empolgação no ar — gente rindo, outros reclamando, mas no fundo todos ainda sob o efeito do espetáculo.
Transporte sob medida
Pensando justamente nisso, a organização do Amazonia Live disponibilizou o BRT de graça. Sim, você leu certo: gratuito. Uma iniciativa mais do que acertada, diga-se de passagem, considerando o volume absurdo de pessoas que lotou o Mangueirão na noite deste domingo (21).
E não deu outra. Os ônibus especiais, que faziam o trajeto direto do estádio até pontos estratégicos da cidade, viraram a salvação para muita gente. Só que, com tanta gente saindo ao mesmo tempo, o que se viu foram filas que testaram — e muito! — a paciência dos fãs.
Fila? Mas que fila!
Não era uma fila qualquer. Era daquelas que você olha e pensa "putz, vou ficar aqui a noite toda". Mas, surpreendentemente, a coisa fluiu. Devagar, é claro — não tem milagre —, mas fluiu. Os agentes de trânsito e a organização suaram a camisa para manter tudo em ordem.
E sabe o que é mais interessante? Mesmo com o cansaço estampado no rosto, o clima era de boa. Galera conversando, relembrando os melhores momentos do show, rindo das próprias pernas doloridas. Até que a espera foi — pasme — suportável.
Um final (quase) perfeito
Claro, todo mundo queria estar já em casa, deitado na cama. Mas depois de um show daqueles, até a fila parecia fazer parte da experiência. Quem nunca, né?
O Amazonia Live em Belém foi, sem dúvida, um sucesso de público e de organização. E no fim das contas, todo mundo conseguiu embarcar — mesmo que algumas horas depois. Foi uma noite que vai ficar na memória. E das boas.
