O clima no Beira-Rio, que já não era dos melhores, ficou simplesmente insustentável. A derrota para o arquirrival naquele domingo pareceu ser a gota d'água para uma diretoria que vinha segurando a corda há tempos. E assim, numa manhã de segunda-feira que prometia ser de recomeço, veio o anúncio que muitos já previam, mas que ainda assim ecoou com força pelo mundo colorado: Roger Machado não é mais o técnico do Internacional.
Não foi uma decisão fácil, longe disso. Roger, um nome que carrega certo peso no clube, tentou de tudo – ou quase tudo. Mas o futebol apresentado pelo time, especialmente naquela partida contra o Grêmio, deixou claro que algo precisava mudar, e rápido. A tal "vontade" que os torcedores tanto cobram nas arquibancadas simplesmente não apareceu em campo, e o resultado foi um revés amargo que custou caro.
O Jogo que Selou o Destino
O último Gre-Nal, vamos combinar, foi daqueles para esquecer. O Inter até saiu na frente, com um gol de Wanderson ainda no primeiro tempo, gerando uma esperança efêmera. Mas o Grêmio, sempre perigoso, virou a mesa no segundo tempo. E o pior: o Colorado pareceu não ter reação, aceitando o empate e depois a derrota com uma passividade que assustou.
A diretoria, é claro, não ficou alheia a isso. Reuniões se sucederam após o apito final, e a impressão geral era de que uma mudança na comando técnico era inevitável. Roger, que assumiu o time em abril com a missão de dar uma identidade ao time, não conseguiu entregar a consistência necessária para um clube do tamanho do Inter.
E Agora, José?
A pergunta que paira no ar no Beira-Rio é: quem assume agora? O nome mais forte cotado para assumir interinamente é o do auxiliar Luiz Fernando Bachi, que conhece o elenco como a palma da mão. Mas a busca por um substituto definitivo já deve ter começado, e a lista de possíveis candidatos não é pequena. A pressão por resultados imediatos no Brasileirão é enorme, e o novo comandante terá que chegar com o pé direito.
É um momento delicado para o Colorado. A demissão de um técnico sempre gerta uma instabilidade natural, e o desafio será minimizar isso. O elenco, que claramente não respondeu às ideias de Roger, agora precisa se encontrar rapidamente. A torcida, essa, espera por uma reação de orgulho. Porque no futebol gaúcho, especialmente depois de um Gre-Nal, nada é esquecido tão cedo.
