Ah, o futebol... não tem como não amar o teatro que ele proporciona, não é mesmo? E Pep Guardiola, esse gênio catalão, sabe como ninguém roubar a cena, mesmo depois de uma partida tensa.
O Manchester City deu mais um passo gigantesco rumo ao tetracampeonato inglês ao vencer o Tottenham por 2 a 0, fora de casa – um verdadeiro caldeirão de nervos. E depois da bola rolar, foi a vez de Pep brilhar no palco das entrevistas.
E aí veio a pérola. Questionado sobre a pressão e a perseguição incansável do Arsenal na liderança, o técnico soltou uma daquelas tiradas que só ele tem:
"O Arsenal? Nossa, é como aquele som de fundo que não desliga. Eles estão ali, sempre, há dois anos... ou será que foi uma eternidade?" brincou, com um sorriso maroto no rosto. "Não, sério, a qualidade deles é absurda. Nos obriga a ganhar, ganhar e ganhar. É desumano."
Mas a joia da coroa foi o que veio em seguida. Ele simplesmente deu de ombros e confessou, com uma sinceridade que pegou todo mundo de surpresa: "Eu? Já não durmo mais pensando neles. Talvez esteja mesmo ficando velho para isso".
Imagina só! Um dos maiores treinadores da história, dono de títulos pra ninguém botar defeito, admitindo que a cobrança pesa – e brincando com a própria idade no processo. Isso sim é humildade com um toque de classe.
E não para por aí. Ele ainda elogiou o time adversário, claro, mas deixou escapar aquela confiança típica de quem sabe o que está fazendo: "Temos o destino nas mãos. Só depende de nós agora. É uma sensação... poderosa".
Agora, a missão é clara: vencer o West Ham no domingo e levantar mais uma taça. Com um líder desses, que mistura genialidade tática com uma pitada de humor e autocrítica, fica difícil duvidar do City.
Pep mostrou mais uma vez que, velho ou não, sua mente ainda é a arma mais letal do futebol mundial.
