Fernanda Keller: Da Piscina às Pistas, Transformando Vidas pelo Triatlo
Fernanda Keller: triatlo como ferramenta de transformação

Quem diria que nadar, pedalar e correr poderiam ser muito mais do que um esporte? Fernanda Keller, aquela mulher que parece ter um motor invisível, transformou o triatlo numa ferramenta poderosa de transformação social. E olha que ela nem sempre sonhou em ser atleta — a vida pregou-lhe peças, mas ela devolveu com medalhas.

Das Águas Geladas ao Pódio

Começou como nadadora em Florianópolis, mas o destino — e uma lesão chata — a empurrou para o triatlo nos anos 80. "Foi amor à primeira transição", brinca ela, que hoje coleciona 25 títulos brasileiros e 6 participações olímpicas. Mas números? Bah, isso é o de menos.

Mais Que Atleta, Educadora

O projeto social que criou em 2003 virou seu "pódio invisível". Já formou mais de 3 mil jovens, ensinando que disciplina esportiva vale tanto quanto matemática. "O segredo?", pergunta retoricamente, "é tratar cada aluno como atleta olímpico, mesmo que nunca subam num pódio".

E não é só teoria: os garotos aprendem desde mecânica básica de bicicletas até nutrição, tudo temperado com lições de cidadania. "O triatlo é só a desculpa", confessa, enquanto ajusta o capacete de um adolescente.

Legado Além das Medalhas

Aos 58 anos, Fernanda ainda compete (sim, você leu certo), mas seu foco mudou. "Antes eu queria vencer provas, hoje quero vencer desigualdades", filosofa, entre um gole de isotônico e outro. Seu próximo desafio? Ampliar o projeto para outras cidades catarinenses — porque, como ela mesma diz, "transformação social não tem linha de chegada".