
Quem diria que aquela voz que ecoava nos velhos rádios de pilha nos anos 90 hoje comanda um exército de seguidores nas plataformas digitais? Pois é, o fenômeno que começou com microfones enferrujados e estáticos agora domina algoritmos — e corações — nas redes sociais.
Das ondas analógicas aos bytes digitais
Lembra quando a gente tinha que girar o dial do rádio até encontrar a transmissão do jogo? (E torcer para o sinal não cair no gol decisivo...) Pois essa mesma energia — só que em pixels — agora invade as telas. O programa que começou como um projeto de amigos apaixonados por futebol hoje reúne milhões de visualizações mensais no YouTube.
"A gente nunca imaginou", confessa um dos fundadores, enquanto ajusta a câmera 4K que substituiu os velhos equipamentos de transmissão. A mudança? Radical. Mas a essência? A mesma de sempre: paixão pelo esporte e conexão com a torcida.
O segredo do sucesso? Autenticidade
Enquanto muitos tentam imitar fórmulas prontas, eles mantêm aquela informalidade que conquistou ouvintes décadas atrás. Os "erros" de gravação viraram charme; as discussões acaloradas, marca registrada. "Quando um narrador tradicional diz 'gol', nós gritamos 'GOOOOOOOOOL' como se estivéssemos no estádio", riem.
- 2005: primeiras transmissões em AM
- 2012: migração para FM
- 2018: estreia no YouTube
- 2024: 1 milhão de inscritos
E não pense que foi fácil. "No começo, a gente postava vídeos que tinham 20 visualizações — sendo que 15 eram da nossa mãe", brincam. Mas persistência (e muito conhecimento de futebol) falou mais alto.
O futuro? Nem eles sabem
Metaverso, transmissões em 8K, inteligência artificial... As possibilidades são tantas que até assustam. Mas uma coisa é certa: enquanto houver torcedor querendo debater futebol com autenticidade, eles estarão lá — seja em qual plataforma for.
"No final do dia, o que importa é a conexão", reflete um dos apresentadores, enquanto responde comentários ao vivo. E parece que a torcida concorda: os números não mentem.