Pois é, a sorte às vezes prega peças duríssimas no mundo da bola. E no Botafogo, a notícia chegou como um balde de água fria para a torcida e, principalmente, para a comissão técnica.
O goleiro Neto, aquele que virou sinônimo de segurança entre as traves alvinegras, vai precisar encarar a mesa de cirurgia. O problema? Uma lesão séria no quadril, daquelas que não dá para contornar com tratamento conservador. A decisão foi tomada após uma bateria de exames que confirmou o que ninguém queria ouvir.
A temporada dele, simplesmente, acabou. Fim de linha. Não haverá milagres ou recuperações relâmpago para este caso. A previsão é que o processo de recuperação pós-operatório seja longo e meticuloso – coisa de meses, não de semanas.
E agora, Botafogo?
A pergunta que não quer calar: quem vai segurar a bronca? A equipe de Rio de Janeiro entra em estado de alerta máximo. Perder seu goleiro titular na reta final de uma temporada é, pra ser sincero, um pesadelo logístico. O elenco terá que se reorganizar, e alguém terá que vestir a camisa – e as luvas – sob uma pressão colossal.
É daquelas situações que testam o caráter de um grupo. Um baque desses pode desestabilizar, ou pode ser o empurrão que outros jogadores precisam para dar um passo à frente e mostrar seu valor. Só o tempo – e os jogos decisivos que estão por vir – vão dizer.
Para Neto, resta focar na rehab. Uma longa jornada de fisioterapia e paciência o aguarda. O mundo do futebol é assim: um minuto você é herói, no seguinte está lutando contra seu próprio corpo para voltar a fazer o que ama.
Uma pena. De verdade.
