
Imagina só: você acaba de ser eliminada de um torneio importante na terça-feira à noite, e precisa estar do outro lado do mundo para jogar novamente na quinta. Parece roteiro de filme, mas foi a realidade que Beatriz Haddad Maia encarou essa semana.
Pois é. A nossa tenista número 1 do Brasil teve uma semana daquelas que só atletas de elite conhecem. Eliminada nas oitavas do WTA 125 de São Paulo pela russa Maria Timofeeva — numa partida que não foi nada fácil, diga-se — ela mal teve tempo de respirar.
E o relógio não parou.
Corrida Contra o Tempo
O que se seguiu foi uma maratona logística de fazer qualquer um ficar tonto. Bia pegou um voo na madrugada de quarta-feira, saindo de São Paulo com destino à Coreia do Sul. Trinta horas viajando! Três escalas pelo caminho, mal tempo para descansar direito, muito menos treinar.
Chegando em Seul na quinta-feira à noite, horário local, ainda tinha o sorteio da chave pela frente. E adivinha? Ela já entrou na brincadeira enfrentando a anfitriã e wild card, Sohyun Park, nesta sexta-feira. Não dá nem tempo de sentir o jet lag direito.
É uma loucura o que esses atletas precisam fazer para seguir no circuito. A gente senta no sofá para assistir, mas não imagina o que acontece nos bastidores.
O Preço da Vida no Circuito
E não é só cansaço físico, viu? É mental também. Uma eliminação dói, e ter que botar a cabeça no lugar rapidão para outro torneio, do outro lado do planeta, exige uma fibra mental que poucos têm.
Bia, que já chegou a incríveis 10ª do ranking mundial, mostrou mais uma vez que sua determinação é seu maior trunfo. Mesmo com a rotina maluca de viagens e o desgaste natural, ela segue representando o Brasil lá fora.
Enfrentar uma jornada dessas, logo após uma decepção esportiva, é para poucos. Mas se tem alguém que consegue virar o jogo assim, de repente, é ela.
Torcer para que essa maratona valha a pena e que a gente veja a Bia brilando em quadra outra vez. A coragem já merece um troféu.