Imagine chegar à puberdade já com um currículo que faria muitos adultos corarem de vergonha. Foi exatamente isso que aconteceu com o pequeno guerreiro de Itapetininga, no interior paulista, que acabou de escrever seu nome na história das artes marciais brasileiras.
Aos 12 anos — sim, você leu direito — o caçula de uma família totalmente envolvida com o mundo das lutas recebeu sua graduação em Hapkido, deixando até os mestres mais experientes de queixo caído. "Quando vi ele executando aqueles movimentos com tanta precisão, pensei: 'caramba, esse moleque nasceu pra isso'", conta o sensei responsável pela cerimônia, ainda impressionado.
De berço marcial
Não foi por acaso que o garoto chegou tão longe tão cedo. Cresceu vendo os irmãos mais velhos — todos faixas-pretas em diferentes modalidades — treinando no quintal de casa. Aos 3 anos, já imitava os golpes (com uma gracinha que derretia o coração). Aos 6, pedia de presente de aniversário um kimono de verdade.
Mas calma lá, não foi só mamata não! O caminho até aqui teve:
- Acordar antes do sol nascer para treinar
- Dedicação que deixaria qualquer adulto no chinelo
- Muitas (mas muitas mesmo) quedas e ralados nos joelhos
- Disciplina que poucos adultos conseguem manter
O que dizem os especialistas?
"Casos assim são raros, mas mostram como o ambiente familiar e a paixão podem fazer milagres", explica uma psicóloga do esporte que acompanhou parte da trajetória do garoto. Ela ressalta, porém, que o mais importante não são as conquistas precoces, mas sim manter o equilíbrio entre treinos, estudos e — claro — a infância.
E o futuro? Perguntado sobre seus planos, o pequeno faixa-preta soltou sem hesitar: "Quero ser campeão mundial e abrir minha academia pra ensinar outras crianças". Alguém duvida?
