
Quem diria, hein? Andreas Pereira, aquele meia que mal vestiu a camisa alviverde — e quando vestiu, não foi exatamente algo para escrever para casa —, agora é motivo de orgulho no Palmeiras. A vida prega peças assim, não é mesmo?
E olha só a ironia do destino: convocado para a Seleção Brasileira às vésperas da Copa América. Algo que, convenhamos, nem os mais otimistas cartolas palmeirenses imaginariam há alguns anos.
O negócio que ninguém entendia — até agora
Lá em 2021, quando o Verdão vendeu Andreas para o Fulham por uma bagatela de €10,5 milhões (cerca de R$ 60 milhões na época), muita gente torceu o nariz. "Por que vender um jogador que mal foi utilizado?", questionavam.
Pois é. O tempo — esse senhor tão sábio — veio para calar os críticos. O Palmeiras não apenas embolsou uma grana significativa, como ainda incluiu uma cláusula de 20% sobre futura venda. Jogada de mestre, diriam os entendidos.
E não para por aí: o clube ainda garantiu prioridade na compra caso o jogador retorne ao Brasil. Algo que, convenhamos, é mais provável que jogo perfeito do Botafogo, mas nunca se sabe.
O presente inesperado da convocação
Agora, com Andreas brilhando no Fulham e chamando a atenção de Dorival Júnior, o Palmeiras colhe os louros de um negócio bem feito. E que louros!
Não se trata apenas do orgulho de ver um ex-jogador — mesmo que de passagem relâmpago — vestindo a amarelinha. Há um aspecto financeiro que não pode ser ignorado.
Cada olhar de interesse, cada proposta que possa surgir após a Copa América, significa dinheiro entrando nos cofres do clube. E no futebol moderno, isso é quase tão importante quanto levantar troféus.
O legado de uma negociação visionária
O caso Andreas Pereira se tornou um exemplo textbook de como administrar um elenco enxuto e com valor de revenda. Enquanto muitos clubes deixam jogadores saírem de graça ou por migalhas, o Palmeiras soube transformar um ativo subutilizado em fonte de receita.
E isso, meus caros, é para poucos. Muito poucos mesmo.
O que parecia uma simples venda tornou-se um estudo de caso em gestão inteligente de elenco. Quem duvidava da estratégia palmeirense agora mastiga quietinho suas palavras — com um tempero de humildade.
No fim das contas, a convocação de Andreas é a cereja do bolo de uma operação financeira que já era digna de aplausos. O Palmeiras, mais uma vez, mostra que entende do jogo dentro e fora de campo.