
Quem nunca saiu do cinema com a cabeça girando, questionando tudo o que achava saber sobre a vida? Algumas obras simplesmente nos arrancam do chão e nos lançam em universos paralelos — e é sobre esses filmes que vamos falar.
Quando o cinema vira experiência psicodélica
Lembra daquela cena em 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) onde o astronauta Dave enfrenta o HAL 9000? Kubrick não só previu o futuro da inteligência artificial como nos deu um troço de ácido visual sem precisar de substâncias ilícitas. Genialidade pura!
E falando em viagem (sem drogas, é claro), O Abutre (2014) é daqueles filmes que te deixam com o estômago embrulhado — mas você não consegue parar de assistir. A fotografia suja, os closes sufocantes... parece que você está lá, naquele carro, vendo a sociedade se decompor literalmente.
Os perturbadores que viraram cult
- O Iluminado (1980): Nicholson enlouquecendo no hotel isolado? Arrepios garantidos até hoje
- Clube da Luta (1999): Quando você percebe o plot twist... nossa, que soco no estômago!
- Matrix (1999): Quem nunca questionou a realidade depois desse?
Ah, e não podemos esquecer de Brasil: O Filme (1985) — não, não é sobre futebol. É uma distopia burocrática tão absurda que chega a ser cômica (e assustadoramente atual).
Efeitos visuais ou alucinações coletivas?
Alguns diretores parecem ter acesso a dimensões paralelas. David Lynch em Cidade dos Sonhos (2001) nos fez questionar: isso é um sonho? Um pesadelo? Ou só a mente do Lynch mesmo? Difícil dizer — mas impossível esquecer.
E quem assistiu Enter the Void (2009) sob efeito de... digamos, estimulantes naturais, sabe que Gaspar Noé basicamente inventou uma nova forma de cinema. A câmera flutuante, as luzes de néon... quase dá pra sentir o cheiro de Tóquio na tela.
No final das contas, esses filmes provam uma coisa: o cinema pode ser muito mais que entretenimento. Pode ser uma experiência transformadora — quando não traumatizante (olá, Hereditário!).