
Era um dia como qualquer outro em Porto Velho — até que deixou de ser. Na última quarta-feira (30), o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) escreveu um capítulo novo em sua história. E olha que história!
Pela primeira vez, um casal formado por duas mulheres — que preferiram não divulgar seus nomes — disse "sim" durante o casamento comunitário presencial. Não foi só um "sim". Foi um eco que ressoou pelos corredores da Justiça.
Um passo pequeno para o tribunal, um salto gigante para Rondônia
Quem viu de perto conta que o clima estava... Bem, como descrever? Imagine aquele friozinho na barriga antes de algo importante, misturado com uma sensação de "finalmente!" — sabe quando você espera anos por algo e, de repente, acontece?
O juiz responsável pela cerimônia — que também optou por não ser identificado — fez questão de ressaltar: "Aqui, o que importa é o amor. Ponto". Simples assim. E como deveria ser, não é mesmo?
Detalhes que fazem diferença
O evento, que já é tradicional no calendário do TJRO, desta vez teve um gostinho especial:
- Cerimônia realizada no auditório do tribunal, decorado com flores brancas e arco-íris discretos
- Presença de cerca de 30 casais heterossexuais — e um casal que roubou a cena sem querer
- Momentos de emoção quando o juiz mencionou "igualdade" com uma convicção que arrancou aplausos
E tem mais! Uma fonte próxima ao casal contou — sob condição de anonimato — que elas já tentaram se casar antes. "Foi tipo tentar nadar contra a correnteza", brincou a amiga, antes de corrigir: "Brincadeira nenhuma, foi difícil mesmo".
O que isso significa para Rondônia?
Para alguns, apenas mais um casamento. Para outros — e aqui a voz embarga — a materialização de um direito que deveria ser óbvio. O TJRO, diga-se de passagem, não fez alarde. Mas será que precisava?
"A gente não tá fazendo favor nenhum", comentou um servidor do tribunal, entre um gole de café e outro. "Só cumprindo a lei, que é clara: amor é amor." E como é!
Enquanto isso, nas redes sociais, a notícia começou a ganhar corpo. Alguns comentários positivos, outros nem tanto — mas isso é outra história. O importante é que, naquele momento, duas pessoas que se amam puderam oficializar sua união. Sem barreiras. Sem preconceitos. Apenas amor.