Artista de Itapetininga Conquista Três Continentes com Retratos Realistas de Animais em Grafite e Carvão
Artista de Itapetininga conquista mundo com retratos de animais

Quem vê os detalhes minuciosos dos pelos de um lobo-guará ou a expressão profunda nos olhos de uma onça-pintada dificilmente imagina que essas obras nascem nas mãos de um artista do interior de São Paulo. Thiago Rocha, itapetiningense de 37 anos, está fazendo a diferença no mundo artístico internacional com uma técnica que beira a perfeição.

Nada de tintas a óleo ou acrílicas. Thiago trabalha com materiais que muitos considerariam simples: grafite e carvão. Mas nas suas mãos, esses elementos ganham vida e se transformam em retratos tão realistas que chegam a emocionar.

Da sala de casa para o mundo

O estúdio dele fica na própria residência, um espaço modesto que contrasta com a grandiosidade das obras que produz. É ali, entre papéis de diferentes texturas e estantes repletas de lápis de variadas densidades, que a magia acontece.

«Comecei por acaso, fazendo uns desenhos para presentear amigos», conta Thiago, com uma modéstia que surpreende. «Nunca imaginei que meu trabalho cruzaria oceanos.»

Técnica que impressiona

O processo criativo de Thiago é meticuloso – quase uma meditação. Ele estuda cada animal por horas, analisando fotografias e vídeos para capturar não apenas a aparência, mas a essência de cada criatura.

«Cada traço tem que transmitir a personalidade do animal», explica. «Não se trata apenas de copiar uma imagem, mas de entender a alma do ser que estou retratando.»

O resultado? Obras que parecem fotografias em preto e branco, mas carregadas de uma emoção que apenas o traço manual pode proporcionar.

Reconhecimento além-fronteiras

O que começou como hobby transformou-se em profissão há cinco anos. Desde então, Thiago já expôs em galerias na Europa, Ásia e Américas. Suas obras conquistaram colecionadores exigentes e críticos de arte que elogiam não apenas a técnica, mas a sensibilidade única.

«Há algo de visceral no trabalho dele», comentou um curador francês. «Os animais parecem nos olhar diretamente, como se estivessem prestes a sair do papel.»

Um orgulho itapetiningense

Para uma cidade do interior, ver um conterrâneo alcançar projeção internacional é motivo de orgulho. A secretaria municipal de Cultura já estuda uma exposição local para que os moradores possam conhecer de perto o trabalho desse artista que está colocando Itapetininga no mapa da arte mundial.

Enquanto isso, Thiago continua em seu estúdio, dedicando-se à próxima obra. Seus planos? Expandir ainda mais seu repertório, incluindo espécies ameaçadas de extinção. «Quero que minhas arte ajudem a conscientizar sobre a importância da preservação», diz.

Quem vê seu trabalho concorda: ele já está fazendo muito mais do que apenas desenhar animais. Está capturando almas sobre o papel.