
Não é de hoje que o Vale do Aço — aquela região que muita gente associa só a siderúrgicas e chaminés — vem surpreendendo. Dessa vez, o troféu é outro: virou oficialmente um polo audiovisual em Minas. E olha que não foi por acaso!
De aço para câmeras
Quem diria, né? A terra do metal pesado agora também é celeiro de filmes, séries e documentários. O governo estadual deu o aval essa semana, depois de um ano de análises (e muita burocracia, claro). Mas valeu a pena: a região já tem três produções em andamento e pelo menos cinco projetos na fila.
"A gente sempre foi criativo, mas faltava estrutura", comenta Luís Fernandes, produtor local que há dez anos insistia nesse sonho. "Agora, com incentivos fiscais e parcerias, finalmente respiramos."
Números que impressionam
- R$ 8,2 milhões em investimentos até 2026
- 4 novos estúdios sendo construídos
- 120 vagas de emprego direto previstas
E tem mais: a paisagem industrial — antes vista como problema — virou cartão-postal para diretores. "Aquela fumaça saindo das chaminés ao pôr do sol? Puro clima distópico", ri a diretora Carla Mendes, que está gravando uma série de ficção científica na região.
O pulo do gato
O que realmente fez diferença foi a junção de três fatores:
- Mão de obra qualificada (as universidades locais abriram cursos técnicos)
- Logística privilegiada (fica no meio do caminho Rio-SP-BH)
- Custo baixo comparado a outros polos
Não à toa, produtoras cariocas já estão de olho. "É metade do preço de gravar no Rio, com cenários tão bons quanto", confessa um produtor que preferiu não se identificar. (Ah, o corporativês...)
E você, já imaginou que um dia ia ver o Vale do Aço nos créditos de filmes? Pois é — a vida prega essas peças. Agora é torcer para que, além de aço, a região produza muitos Oscars da vida.